A partir desta quarta-feira (20/7) até o final do mês de julho, o Eixo Cultural Ibero-Americano em parceria com o Museu de Arte de Brasília (MAB) promoverá cursos profissionalizantes gratuitos na área de cultura e artes, disponíveis para todas as idades e sem necessidade de inscrição prévia. As exposições seguem até o dia 7 de setembro.
O Eixo Cultural (antiga Funarte) recebeu, na quarta-feira (20/7), das 9h às 13h, a aula sobre Elaboração de projetos culturais, ministrada pela professora Janaína Barbosa. Nesta quinta-feira (21/7) o espaço recebe uma oficina de pintura com a professora Rayza Rodrigues, e na sexta-feira (22/7) a professora Gisele Rocha ministra uma aula sobre Consciência negra, das 9h às 13h. O Museu de Arte de Brasília (MAB), por sua vez, realizará uma oficina de Introdução à pintura, no sábado do dia 23, a partir das 9h.
Além dos cursos, o Eixo Cultural também recepciona as exposições Wombverso, da artista Tainã Fulô e Identidades ameaçadas, por Franca Vilarinho, até 7 de setembro. O horário de visitação é de 9h às 17h, de terça a sábado.
Segundo a artista Tainã, a exposição nomeada de Wombverso traz a narrativa e o diálogo do universo feminino a partir do ventre, sendo ele a fonte da criação e o grande portal da vida. “A inspiração para as telas surgiu a partir das minhas experiências com as tradições da saúde holística, tendo como referência a ligação com mulher africana Dinknesh, nossa primeira ancestral”, conta Tainá.
Ela começou a pintar as telas em 2020 e produziu quadros menores, no tamanho 15 x 15, especialmente para a exposição. “Fiquei feliz por ser chamada e poder compartilhar a estética e narrativa africana, que é diferente do que as pessoas estão acostumadas”. A artista também é influenciada pelo estilo egípcio e retrata as suas cores e mitologia.
Identidades ameaçadas, por sua vez, aborda as identidades brasileiras que se perdem e se juntam às outras, retratando a realidade de mistura das múltiplas raízes do Brasil. “Não sabemos se essas mudanças são boas ou ruins. A exposição é um grande questionamento sobre o que acontece com essas comunidades”, explica a fotógrafa Franca Vilarinho, que acompanha o povo Calunga, descendentes de escravos fugitivos e libertos que formaram uma comunidade autossuficiente em Goiás, desde 2003.
“É o retrato da nossa história. A gente precisa se enxergar para se conhecer. É se conhecendo que a gente se vê brasileiro e abraça o Brasil, tão grande, tão bonito e tão desvalorizado”, reflete a artista sobre a importância da exposição.