Um dos nomes de destaque da música brasileira atual, Duda Beat retorna à capital hoje, no último fim de semana do Festival Luz, em um novo momento da carreira. A última visita da cantora a Brasília foi em 2019 e, desde então, ela lançou o segundo álbum, Te amo lá fora; parcerias com diversos artistas, incluindo Nando Reis (que rendeu uma indicação ao Grammy Latino); e em setembro sobe ao palco do festival Rock in Rio. Ao Correio, a pernambucana dividiu um pouco suas percepções sobre a nova fase.
Lançado em abril de 2021, a sequência do muito bem sucedido. Sinto muito foi afetada pela pandemia da covid-19 e acabou se tornando o contato possível entre a cantora e o público. "O processo de gravação foi todo digital, em que a internet, a imprensa e principalmente meus fãs fizeram com que Te amo lá fora chegasse ainda mais longe. Mas é no palco, se apresentando de cidade em cidade, que posso mostrar o que esse projeto é de verdade."
Para Duda, a nova proporção de público, estar em grandes festivais ou mesmo poder levar suas músicas ao exterior não afeta como ela percebe o processo de montar um show e subir ao palco. "Temos preparado não só para o Rock In Rio, mas para todos os shows que fazemos, a melhor entrega, desde os arranjos aos looks, além das coreografias."
O pop-sofrência é um dos estilos mais bem-sucedidos entre as criações brasileiras recentes, basta ver a turnê do artista Jão, que recentemente esgotou ingressos em Brasília, São Paulo e Rio de Janeiro, por exemplo. Duda Beat é uma das primeiras a estourar no gênero.
Atualmente, ela reúne cerca de 1,5 milhões de ouvintes mensais na plataforma Spotify e os singles carro-chefe de seus dois álbuns desfrutam de semelhante amor dos fãs: Bixinho soma mais de 55 milhões de reproduções, enquanto Meu pisêro passa dos 14 no streaming. "A turnê vem sendo diferente, a começar pelo fato de levar ao público o segundo álbum, pois ele foi lançado em meio a pandemia, sem sabermos o que de fato aconteceria."
Ao misturar o pop a melodias latinas como o brega, a cantora chegou a afirmar, durante a divulgação do primeiro álbum, que enfrentou preconceitos, fosse pela sonoridade, fosse por ser nordestina. "Quem é artista sempre vai encontrar uma dificuldade com algum trabalho novo, o que temos que fazer é insistir na entrega e em nossa verdade, e continuar batalhando para que novos espaços sejam sempre abertos", reflete.
A recifense vem trabalhando, arduamente, na turnê de Te amo lá fora, levando o repertório de sucessos como Chega, Chapadinha e Meu pisêro para diversas cidades do país. Olhando assim, parece que sobra pouco tempo para pensar os passos futuros. Sem revelar grandes detalhes, Duda garante, no entanto, que já está trabalhando no terceiro disco. "Comecei a trabalhar no processo criativo do meu novo álbum. Amo esse processo de construção da minha arte." Um dos lançamentos, que já é muito antecipado pelos fãs, é uma faixa em colaboração com Pabllo Vittar, ainda sem data oficial de lançamento.
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Plataforma
Em uma de suas passagens por Brasília, em 2019, Duda Beat se apresentou durante o congresso da União Nacional dos Estudantes (UNE), no Festival da Democracia—Lula Livre. A cantora não deixa de expor suas visões e posicionamentos. Ela é uma das artistas escolhidas para cantar o jingle da campanha presidencial do petista, Luiz Inácio Lula da Silva, junto a Vittar, Martinho da Vila, Chico Cesar, Paulo Miklos, Mart'Nália, Gilsons, entre outros.
"Além de artista, sou uma cidadã que pode e deve lutar pelos meus direitos. Enquanto artista, acredito que seja importante usarmos nossa voz e a visibilidade nacional que temos para conscientizar as pessoas a procurar entender os projetos de governo dos candidatos e acompanhar para que cumpram o prometido", afirma.
Duda encabeça o time de atrações, que conta, ainda, com os sets dos DJs locais Paula Torelly, Odara Kadiegi, Chicco Aquino e Umiranda. "Vou fazer todo mundo sofrer dançando (risos), estou levando balé, banda completa, figurinos e muita energia. Vai ser lindo demais!"
Serviço
Duda Beat on tour - Festival Luz, hoje, às 23h, no Clube da Ascade, ingressos a partir de R$130 (meia-entrada), no portal Sympla
*Estagiária sob a supervisão de Severino Francisco.
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