Uma juíza dos Estados Unidos indeferiu nesta quarta-feira (13) a ação da atriz Amber Heard pedindo um novo julgamento no caso por difamação que ela perdeu para o ex-marido, Johnny Depp. Os advogados de Heard tinham pedido a anulação do veredicto que obriga a atriz a pagar US$ 10 milhões ao astro de "Piratas do Caribe" por dúvidas sobre a identidade de uma das pessoas que integrou o júri.
Mas a juíza Penney Azcarate, que presidiu o julgamento na corte de Fairfax, perto de Washington, indeferiu a solicitação, ao considerar que Heard não foi prejudicada. A atriz de 36 anos, conhecida por sua atuação em filmes como "Liga da Justiça" e "Aquaman", afirma que um dos membros do júri não era a pessoa convocada para atuar como jurada.
Tinha o mesmo nome, morava no mesmo endereço e a convocação não mencionava a data de nascimento. Nos Estados Unidos é comum que os homens usem o mesmo nome do pai, com o acréscimo "Junior" ou "III". "O júri foi aprovado (por ambas as partes), ele ficou com o júri (o tempo todo), deliberou e chegou a um veredicto", escreveu a juíza Azcarate em sua decisão.
"A única prova perante este tribunal é que este júri e todos os demais cumpriram com seu juramento, as instruções e as ordens da corte", explicou. Johnny Depp, de 59 anos, processou sua ex-esposa por difamação. Em um artigo publicado em 2018 no jornal Washington Post, ela se descreveu como "uma figura pública que representa a violência doméstica", sem mencionar o ex-marido.
Ele pediu US$ 50 milhões em perdas e danos por considerar que o artigo destruiu sua carreira e sua reputação. Amber Heard contra-atacou, pedindo o dobro do valor. Após seis semanas de debates, o júri da corte de Fairfax concluiu em 1º de junho que os ex-cônjuges se difamaram mutuamente. Mas decidiram outorgar a Depp mais de US$ 10 milhões contra apenas US$ 2 milhões a Heard.
O julgamento, acompanhado por milhões de telespectadores em todo o mundo, provocou uma explosão de mensagens ofensivas direcionadas à atriz nas redes sociais. Durante o julgamento, ela relatou vários casos de violência que afirma ter sofrido, incluindo um estupro em março de 2015 na Austrália, onde Johnny Depp filmava o quinto filme da série "Piratas do Caribe".
Os dois atores iniciaram um relacionamento amoroso em 2011 e se casaram em 2015. Amber Heard pediu o divórcio em 2016, alegando ser vítima de violência de gênero, o que Johnny Depp sempre negou. Ela retirou as acusações quando o divórcio foi concluído, em 2017.
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