Festival

Marcelo Café, produtor cultural, fala do Festival Maloca Urbana

Em entrevista para o Correio, um dos idealizadores e produtores do Maloca Urbana, Marcelo Café, descreve como será o Festival Maloca Urbana deste sábado e domingo

Davi Cruz*
postado em 09/07/2022 06:00
A cantora Teresa Lopes é uma das atrações do festival Maloca Urbana, no Guará -  (crédito: Nina Quintana /Divulgação - Vanessa Filho/Divulgação - Reprodução)
A cantora Teresa Lopes é uma das atrações do festival Maloca Urbana, no Guará - (crédito: Nina Quintana /Divulgação - Vanessa Filho/Divulgação - Reprodução)

Neste sábado (8/7) e domingo (9/7), o Teatro Arena do Cave no Guará recebe o Festival Maloca Urbana. O evento reúne artistas de rap, samba e outras expressões culturais, periféricas e negras do Distrito Federal. Além da variedade musical, a festa traz atividades formativas, feiras de exposição criativa e estações de esportes e lazer. A programação é gratuita e aberta a todos os públicos.

A Obi produtora de cultura junto ao sambista e ativista cultural Marcelo Café são os idealizadores do projeto, que é dividido em quatro eixos de atuação: Maloca Formativa, Maloca Musical, Maloca das Artes e Maloca Lazer. A indigenista Regina Nascimento também auxiliou na  criação do projeto, além de ter tido papel fundamental na aprovação do Fundo de Apoio à Cultura do Distrito Federal (FAC-DF).

Os dois dias de Maloca Musical trazem para o palco os grandes nomes do hip hop e do samba brasiliense junto aos grupos e artistas da nova geração, como Tropa de Elite e o rapper Fillipe Costa, coletivo Novin Mob, Elas que toquem e Teresa Lopes. O objetivo do festival é conectar diversos públicos para celebrar saberes, artes e memórias afro-brasileiras.

Em entrevista para o Correio, um dos idealizadores e produtores do Maloca Urbana, Marcelo Café, descreve o foco principal do evento. "O público vai encontrar nesse festival uma fala da rua, a voz da rua, a voz da resistência, a voz que busca dar visibilidade aos aparelhos públicos como o Cave, que dão espaço de pertencimento para jovens negros e periféricos", afirma o sambista.

O termo indígena maloca originalmente refere-se ao local onde as pessoas se juntam, porém, na vida urbana tornou-se uma conotação pejorativa como o lugar de onde surgem as pessoas marginalizadas pela sociedade. "Esse nome foi criado em conjunto baseado na resistência dos povos originários", completa Marcelo Café.

O ativista cultural fala ainda sobre a parceria feita com a produtora Obi, na produção do Maloca Urbana. "A gente pode trabalhar fora do espaço de disputa e juntar a linguagem que se comunica com a rua, estamos em momento de colaboração para gente produzir esse festival. O samba, o rap, o trap e o pagode são vozes da rua e estamos buscando dar voz no Maloca Urbana", encerra o artista.

Como em todas as atividades do evento, a Maloca Musical tem entrada gratuita, porém, os ingressos precisam ser retirados de forma on-line, através da plataforma Sympla: www.sympla.com.br. O link para acessar os ingressos está disponível também nas redes sociais do Festival Maloca Urbana.

*Estagiário sob a supervisão de Severino Francisco


Serviço

Festival Maloca Urbana acontece neste sánado (8/7) a partir das 17h e domingo (9/7) a partir das 15:30h, no Teatro de Arena do Cave — Guará II, a entrada é gratuita.

 


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