Um dos artistas que viu o sucesso com o público maior repentino em meio a pandemia, VHOOR tem viajado o Brasil para festas e shows. Esta sexta (3/6), Brasília entra pela segunda vez na rota do produtor musical mineiro na festa Esquenta Festival Mova. Ele divide o palco com CESRV de São Paulo e os produtores locais OG.L e PUCCI, todos na Birosca, bar do Conic.
“Eu estou muito animado para tocar em Brasília, faz algum tempo que eu não toco na cidade. Vai ser melhor ainda que eu vou tocar com o Cezinha (CESRV). Meu professor influencia muita coisa até hoje”, conta o produtor musical ao Correio. “Vai ser um rolê bom, vou fazer um set com as minhas coisas novas e com o que o povo gosta de escutar. eu vou gostar muito de tocar, tenho certeza”, adianta.
Essa será a segunda vez do artista em Brasília e na Birosca em 2022. O artista já se apresentou no início do ano e teve o show interrompido devido a lotação do local, quando ainda haviam as medidas de segurança mais restritas da pandemia. “ É muito louco, Brasília é disparado o lugar de onde eu recebi mais mensagens dando parabéns pelo show. Até hoje me perguntam quando eu vou tocar de novo”, lembra. “A galera comenta para caramba nas minhas redes sociais me pedindo para tocar aí, é muito comum mesmo”, diz. “Além disso, Brasília é um dos públicos mais animados que eu já toquei”, completa.
VHOOR aproveita para analisar a cena da cidade, da qual saíram muitos produtores que ele admira e muita música que ele tem como referência. “Brasília também tem uma história muito antiga e maneira com a múscia eletrônica”, avalia o músico que também lembra que foi a cidade uma das primeiras a abrir as portas para produtores de outros estados em festas como a que vai ser realizada nesta sexta.
A vida pós Baile
O produtor musical, acostumado com a vida dos bastidores e dos créditos da músicas, viu uma reviravolta na carreira após assinar a parte instrumental e de beats para o disco Baile, uma parceria entre ele e o cantor FBC. Em uma pegada nostálgica, investindo no gênero Miami bass, muito utilizado nos funks dos anos 1990 e 2000, o álbum foi um dos mais aclamados de 2021.
“É muito doido, porque quando a gente fez o Baile a gente não imaginava que seria um ponto de virada tão grande nas nossas carreiras”, comenta. O artista percebeu que uma multidão de pessoas passaram a o acompanhar por causa do disco, ou por conta da proximidade dele com o FBC. VHOOR afirma que ainda está se acostumando com a ideia de que está em outro patamar de fama. “Está sendo tudo muito louco, mas estou muito feliz que minha música está chegando em mais pessoas.
Nessa levada, ele está aproveitando paraa apresentar o lado produtor dele para o novo público. E lançou no dia 27 de maio o álbum Baile & bass, um produto completamente instrumental, mas que também investe na sonoridade do Miami bass, porém com mais experimentações eletrônicas. Ele até conta que algumas das músicas eram beats que não foram aproveitados no processo com FBC.
“No Baile eu foquei em fazer um som que conversasse com a minha ideia e do Fabricio (FBC) de uma releitura dos ritmos dos anos 1980, 1990 e início dos anos 2000”m explica VHOOR. “Agora eu queria fazer uma coisa um pouco diferente, experimentar um pouco mais. Dialogar com o tecno, com o eletro”, acrescenta.
Com shows marcados pelo Brasil e aproveitando essa nova fase da carreira, o produor já pensa no futuro. “Minha meta é ser muito bom mesmo, sempre melhorar. Estou estudando muito para concorrer entre os melhores do mundo”, almeja VHOOR que diz que não quer descansar só porque o Baile deu certo. “Já estamos pensando no Baile 2, mas queremos que seja uma coisa muito melhor que o Baile. Se a gente já conseguiu isso tudo relativamente poucos recursos, queremos muito mais agora que estamos com estúdio e excelente equipamentos”, adianta.