O cenário cultural de Brasília se movimenta. Nos dias 4 e 5 de julho, a capital recebe o Festival Mova de música, que contará com apresentações de Maria Gadú, Ana Canãs e Marcelo Jeneci. Situado no bosque atrás da Arena BRB Nilson Nelson, o evento abre espaço para que artistas locais emergentes também se apresentem. Os ingressos estão à venda on-line.
Com ares e estrutura de festival nacional, o Mova contempla, também, a cultura local e abre as portas para que os artistas da capital ganhem visibilidade. De acordo com a organização, 50% das atrações programadas para se apresentarem são de Brasília. O Correio elenca alguns desses artistas que valem a atenção de quem pretende ir à festa.
Divinas Tetas
Para aflorar o lado folião dos espectadores, o Bloco Divinas Tetas transforma junho em fevereiro e leva o melhor do carnaval brasiliense para o festival Mova. O hiato carnavalesco causado pela pandemia servirá de combustível para que o vocalista Aloizio Lows e banda cantem, a plenos pulmões, os clássicos da Tropicália e homenageiem artistas como Caetano Veloso, Gilberto Gil, Gal Costa, Tom Zé, Novos Baianos, Mutantes, Rita Lee e outros ícones brasileiros.
O cantor Aloizio Lows comenta sobre a expectativa para o show: "A gente está muito feliz de estar participando do Mova. Olha onde a gente chegou, sabe? A gente está no palco principal com um monte de ídolos. É muito massa ver como a união dessas pessoas, dessa banda, desse bloco, gera tanta coisa boa". O artista completa sobre o retorno que tem recebido dos fãs: "A gente tem recebido um monte de mensagens de um monte de gente falando que está indo para o festival pra ver o Divinas Tetas. Enfim, a gente está muito feliz e empolgado".
Gaivota Naves
Pela história de vida de Gaivota, a ave que a cantora carrega como nome poderia ser substituída pela mitológica fênix. Isso porque, em 2017, um acidente automobilístico resultou em um traumatismo craniano, 400 pontos na boca e três cirurgias reparadoras. Três meses depois, Pedro Souto, namorado de Gaivota à época, sofre um aneurisma e morre nos braços da cantora. Das cinzas de um ano traumático, Naves ressurgiu por meio da música.
Conhecida no cenário musical brasiliense pelo trabalho nas bandas Joe Silhueta e Rios Voadores, Gaivota Naves, agora, segue em voo solo. Na apresentação do Mova, a cantora traz o single Dois, já disponível nas plataformas digitais, e canções inéditas, que estarão presentes em um futuro EP, que contemplará ritmos como jazz, rock, indie e eletrônico.
Forró Red Light
O arrasta-pé futurístico de Ramiro Galas e Geninho Nacanoa nasce da conjunção entre o forró e a música eletrônica. O duo, que se auto-intitula Forró Red Light, resgata, do interior do sertão brasileiro, o melhor do forró e dá uma roupagem contemporânea. À mistura, a dupla da o nome de "forrobodó Live PA".
No Festival Mova, o Forró Red Light apresenta o álbum Nó central, lançado em abril de 2022. A obra, composta por 11 faixas escritas pelos artistas, promete ser um convite à dança para o espectadores presentes no evento.
Muntchako
Com o ritmo completamente dançante, a banda brasiliense Muntchako formada pelo trio Rodrigo Barata, Samuel Mota e Macaxeira Acioli, também se apresenta no Festival Mova. O grupo traz para os palcos a marca registrada, os ritmos latinos e caribenhos que prometem colocar o público presente para dançar.
Muntchako apresenta em breve o novo disco Fela dum Gonzaga, álbum que conta com a parceria de Esdras Nogueira, da banda Móveis Coloniais de Acajú, no comando do saxofone, e Juninho Ferreira na condução da sanfona. O trabalho, que mescla os ritmos e cores do afrobeat de Fela Kuti com o baião de Luiz Gonzaga, pode ser apreciado pelo público do Mova. "Estamos na fase final de lançamento do nosso novo álbum e vamos trazer um pouco do que vem por aí já no Festival Mova.", comenta Rodrigo no material de divulgação. "Tenho certeza que o público que gosta do som do Muntchako vai curtir bastante o novo trabalho", afirma o baterista da banda.
Saci Wèrè
O grupo é considerado uma das grandes descobertas musicais da capital do país. Saci Wèrè leva aos palcos do Mova a mistura característica da banda repleta de poesia e festa, que foi construída com participação especial de Hugo Rodas, um dos maiores diretores da história do teatro brasileiro. A parceria rendeu premiações e uma consciência cênica que é exposta a cada apresentação.
Durante a apresentação, a banda traz no repertório as músicas que compõem o último álbum lançado pelo conjunto, Cabeça sem tampa, composto por 11 faixas autorais e com fortes influências de artistas como Gilberto Gil e João Bosco. "Vamos misturar o nosso ritmo e a nossa energia com a do Festival Mova. Estamos felizes e ansiosos para tocar em Brasília, nossa casa, e realizados de participar de um evento que traz nomes importantes da música brasileira", comenta Amanda Duarte, vocalista do Saci Wèrè.
Para adquirir os ingressos acesse o link.
Colaborou Pedro Ibarra
Estagiários sobre supervisão de Pedro Ibarra