Nasceu, na terça-feira (21/6), em São Paulo, a quinta filha do ator Juliano Cazarré. Batizada como Maria Guilhermina, a menina veio ao mundo com um “coração especial”, portadora de uma cardiopatia rara que foi descoberta ainda durante a gestação de Letícia Bastos, esposa de Cazarré.
Maria Guilhermina nasceu com uma condição chamada Anomalia de Ebstein, que afeta apenas um em cada 10 mil bebês. “Ao longo da gestação, os médicos perceberam que o caso dela seria um dos mais raros e graves dentro da anomalia e, por isso, decidimos vir para São Paulo para que ela pudesse nascer com a equipe mais especializada”, contou Cazarré nas redes sociais.
Assim que Maria nasceu, a bebê foi levada direto para o centro cirúrgico, onde passou por um procedimento no coração. "Nossa pequena guerreira passou seu primeiro dia de vida fazendo um reparo importante no coração”, disse o pai. A cirurgia foi bem sucedida e, de acordo com Juliano, a mais nova integrante da família Cazarré-Bastos está estável e “segue se recuperando e recebendo os melhores cuidados”.
“Vamos seguir cuidando de tudo para que, em breve, possamos levá-la para casa, onde seus irmãos Vicente, Inácio, Gaspar e Maria Madalena a aguardam ansiosamente!”, escreveu Cazarré.
Condição causa aumento do coração
A Anomalia de Ebstein é uma cardiopatia rara da válvula tricúspide, que tem como função refluxo do sangue do ventrículo direito para o átrio direito. Quando ocorre a anomalia, essa válvula é mal formada e fica em uma posição muito baixa, permitindo que o sangue escape para trás a partir do ventrículo para o átrio
Essa condição leva a criança a ter insuficiência cardíaca congestiva, um back-up do fluxo sanguíneo que resulta em acúmulo de líquido nos pulmões e também causa um fluxo insuficiente de sangue para o corpo.
A doença pode se apresentar de forma leve, moderada ou grave. O caso de Maria Guilhermina, assim como explicou Juliano Cazarré, é “um dos mais raros e graves dentro da anomalia”. As formas graves do defeito podem causar um aumento tão grande do coração, até mesmo pré-natal, que ele enche a cavidade do peito do bebê e ocupa as áreas dos pulmões, que ficam muito pequenos.
Nesses casos graves, o problema acaba se estendendo e se tornando uma condição que afeta também o pulmão. De acordo com informações do Hospital Infantil Sabará, em São Paulo, o prognóstico para esses casos não é favorável, já que, pelo tempo que o bebê nasce, já há danos pulmonares irreversíveis.
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