Entre perdas, danos e desgaste de imagem pública, tanto o ator Johnny Depp quanto a atriz Amber Heard, que levaram às manchetes mundiais acusações de mútua difamação, partilharam de vitórias e de derrotas frente aos jurados de um processo analisado por seis semanas. O ator de Piratas do Caribe terá direito à indenização de US$ 8,35 milhões (US$ 10 milhões gerados por danos compensatórios e US$ 5 milhões decorrentes de danos punitivos — houve, entretanto, abatimento, em razão das leis da Virgínia, que limitam o valor da indenização em casos como esse). Já Amber terá direito a US$ 2 milhões em danos compensatórios. As sentenças foram determinadas na instância do Tribunal do Condado de Fairfax, no estado norte-americano em que o The Washington Post é publicado.
Um artigo de Amber, naquele jornal, trouxe à tona acusações de violência, porém sem citação direta ao ator. A partir de edição do periódico, em 2018, Depp se armou juridicamente para a acusação de difamação.
Ele não esteve presente, durante a leitura da sentença, na tarde desta quarta-feira (1º/6). Vestida de preto, e com semblante entristecido, Amber se pronunciou, trazendo a público a percepção do perpetuar de injustiças reservadas às mulheres na sociedade. Já Depp escreveu nas redes sociais: "O júri me deu a vida de volta".
Perda de papeis
A atriz Amber Heard revelou que a participação dela em Aquaman 2 foi reduzida devido à repercussão do embate judicial com o ex-marido Johnny Depp. A declaração foi dada durante um depoimento da artista. À justiça, ela ainda revelou que o término conturbado e as acusações do ex-marido a atrapalharam para conseguir novos trabalhos em Hollywood.
Segundo ela, há uma máquina de relações públicas sofisticada que foi orquestrada por Depp para difamá-la. Heard compartilhou que teve de lutar para se manter no filme da Liga da Justiça, de 2017. No mais recente filme, Aquaman 2, no qual reprisa a personagem Mera, par romântico do protagonista, ela seria cortada por completo. Uma pequena participação foi assegurada, entretanto.
*Estagiária sob supervisão de Ricardo Daehn
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