O compositor grego Vangelis morreu, ontem (19/5), aos 79 anos, segundo a agência de notícias grega ANA, posteriormente confirmado pelos advogados do artista, que informaram que ele faleceu em um hospital em Paris, na França, onde vinha recebendo tratamento. A causa e o problema de saúde não foram divulgados.
“Vangelis Papathanassiou não está mais conosco. O mundo da música perdeu o artista internacional Vangelis”, lamentou Kyriákos Mitsotákis, primeiro-ministro grego nas redes sociais.
Evangelos Odysseas Papathanassiou, nasceu no dia 29 de março de 1943, em Volos, mas cresceu em Atenas, ambas na Grécia. Começou a carreira musical em 1963, na banda de rock progressivo Formix, se tornando a primeira do gênero a se tornar popular em seu país de origem, e Aphrodite’s Child, em 1968, que lançou três álbuns de sucesso, vendendo mais de 20 milhões de cópias de discos na Europa.
No entanto, o cinema foi o responsável por torná-lo aclamado. Ele foi responsável por ambientar musicalmente filmes como Blade runner e 1492 - A conquista do paraíso, do diretor Ridley Scott. Uma das suas últimas composições cinematográficas foi para Alexandre, de Oliver Stone em 2004.
Carruagens de fogo, de Hugh Hudson, que lhe rendeu a estatueta do Oscar em 1982, se tornou um dos temas mais famosos e parodiados do cinema. A música ficou eternamente associada ao atletismo após a rede britânica BBC usá-la na cobertura da Olimpíada de 1984, em Los Angeles. O próprio compositor seria convidado para compor trilhas para grandes eventos esportivos, como os Jogos Olímpicos de Sidney, em 2000, e de Atenas, em 2004, além da Copa do Mundo de 2002 no Japão e Coréia do Sul.
“Tento me colocar na situação e senti-la. No momento (de compor) sou um corredor, ou estou em um estádio, ou sozinho no vestiário… e então componho. Acho que o momento é produtivo e honesto”, afirmou em entrevista ao Washington Post em 1981.
Além das trilhas sonoras, Vangelis se destacou como um precursor da música eletrônica new age, sendo um dos primeiros a trazer sintetizadores em suas canções. O compositor, que era autodidata, se inspirava na exploração espacial, natureza e arquitetura futurista para produzir. “Para mim, música é ciência mais do que qualquer outra forma de arte”, disse em entrevista à rádio americana NPR. “É o código principal do universo”.
O compositor concedeu poucas entrevistas durante a vida e pouco se sabe sobre sua vida pessoal. Pelo que os próximos de Vangelis apontam, ele teve três parceiras românticas sérias e não teve filhos.
* Estagiária sob a supervisão de