O Memorial da América Latina, na capital paulista, abriu neste sábado (30/4) a exposição No Escuro, é Permitido Sorrir, da artista Maureen Basilliat. A mostra conta com imagens dos filmes Andanças, e Jequitinhonha: a Última Viagem, que registram as viagens que Maureen e seu companheiro Jacques Bisilliat fizeram por países latino-americanos.
Além do Brasil, o casal visitou o México, a Guatemala, o Peru e Equador, países das antigas civilizações Maia, Inca e Mexicas, para conhecer e adquirir peças do artesanato regional. A viagem foi feita de carro, caminhão, trem, em lombo de burro, a pé e de avião.
Na região do Vale do Jequitinhonha, em Minas Gerais, a artista teve contato com o artesanato local, especialmente as bonecas de barro. "A produção do Vale, ao invés de ter sucumbido à automaticidade sofrida por lugares mais expostos ao fluxo turístico, surpreende pela vitalidade constantemente renovada de suas criações", destaca a artista.
Nascida na Inglaterra, Maureen Bisilliat desdenvolveu, desde os anos 50, quando se mudou para o Brasil, um dos mais sólidos trabalhos de investigação fotográfica sobre os brasileiros, sobretudo sertanejos e índios. Desde dezembro de 2003, sua obra completa está incorporada ao acervo do Instituto Moreira Salles.
Em 1987, com seu marido, Jacques Bisilliat, e o sócio, Antônio Marcos Silva, criaram o Acervo de Arte Popular Latino-Americano, a convite de Darcy Ribeiro, do qual nasceu o Pavilhão da Criatividade do Memorial da América Latina, SP.
A exposição é gratuita e aberta de terça a domingo, das 10h às 17h, no Memorial da América Latina, Espaço Gabo – Praça da Sombra, acesso pelos portões 8, 9 e 13, ao lado do Metrô Barra Funda, na zona oeste da capital.