Em homenagem a Orlando Brito, a Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec) vai projetar na cúpula do Museu Nacional da República imagens marcantes tiradas pelo fotojornalista ao longo da carreira. O evento ocorre na noite de quarta-feira (18/5), a partir das 19h
Logo em seguida, às 20h, a Galeria Central do Espaço Cultural Renato Russo será batizada com o nome do fotógrafo, em comemoração ao World Press Photo Prize, prêmio concedido pelo Museu Van Gogh, na Holanda, em 1979.
Após a inauguração do espaço com o novo nome, haverá a projeção do filme Não nasci para deixar meus olhos perderem tempo, de Cláudio Moraes, na Sala Marco Antônio Guimarães, com entrada franca e sujeita à lotação. O documentário mergulha na trajetória de Brito, que retratou instantes variados, de carreiras artísticas aos momentos conturbados do Brasil em meio a uma ditadura.
Em 11 de março, aos 72 anos, Orlando Brito morreu de falência múltipla dos órgãos, após uma cirurgia no intestino. Ele estava internado na UTI do Hospital Regional de Taguatinga (HRT) havia 34 dias.
Trajetória
Mineiro, nascido em 8 de fevereiro de 1950 em Janaúba, Orlando veio com a família para Brasília na época da inauguração da cidade e morou e trabalhou na capital até o fim da vida. Autodidata, teve começo precoce na profissão, iniciando como laboratorista da sucursal do jornal carioca Última Hora, aos 14 anos de idade, para o qual passou a fotografar dois anos mais tarde.
Entre os outros veículos por onde passou estão o jornal O Globo, no qual se firmou profissionalmente, trabalhando lá entre 1968 e 1982. O reconhecimento maior do trabalho veio depois, quando foi para a revista Veja, periódico no qual atuou por 16 anos e do qual foi editor de fotografia, em São Paulo.
Nos anos 1990, retornou a Brasília, onde foi chefe do escritório local da revista Caras. Depois, voltou para a Veja, dessa vez como repórter fotográfico. Somando todo o período que trabalhou para a revista, Orlando Brito emplacou o impressionante número de 113 capas. No Jornal do Brasil, teve uma breve passagem no fim da década de 1980.
Recentemente, dirigia sua própria agência de notícias, a ObritoNews, e ministrava cursos e workshops para grupos em empresas e aulas em universidades, faculdades e escolas de comunicação e jornalismo.
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