O cantor e compositor Amado Batista completa 47 anos de carreira em 2022. Ao longo dessa longa trajetória, manteve público fiel, formado por pessoas de todas as idades, emplacando um sucesso atrás do outro. Amado é um dos campeões de vendas no Brasil, com mais de 40 milhões de discos comercializados.
“Não se faz sucesso por uma coisa só. São várias coisas juntas: qualidade musical, produção e cantar mais ou menos”, diz ele. Em 2020, a chegada da pandemia obrigou o cantor a fazer um “stop” em sua intensa agenda de shows. Mas agora o goiano de Catalão, de 71 anos, está de volta aos palcos.
Até dezembro, são nada menos de 120 shows confirmados – cerca de 15 por mês, 18 deles em Minas Gerais. Há tempos Amado Batista tem numeroso fã-clube no estado, sobretudo no interior.
Prova disso é Montes Claros, onde ele se apresentou em 23 de abril. Em 3 de junho, o cantor estará de volta ao Norte de Minas. Será atração da festa da vaquejada em Mirabela, cidade com 13, 6 mil habitantes. No dia 2, canta em Janaúba. Em 15 de junho, volta a Minas, vai se apresentar em Rio Pardo de Minas e Capinópolis.
“Estamos cumprindo aquelas agendas que já existiam (antes da pandemia) e as novas agendas também”, diz Amado. Mas não é só isso. Em novembro, ele faz turnê nos Estados Unidos. Já planeja a divulgação de seu novo DVD.
Neste quase meio século de carreira, quantos shows Amado já fez? “Faço em torno de 100 a 120 shows por ano. É só você multiplicar por 47 anos”, diz. Na “matemática amadiana”, então, são de 4,7 mil a 5,6 mil apresentações em 12 meses...
Desde que estourou com “Desisto (Obrigado a desistir)”, nos anos 1970, ele vivenciou as profundas mudanças do mercado fonográfico: gravou LPs, fitas cassete, CDs e DVDs até chegar às atuais plataformas digitais.
Também foi o “rei” das cartas dos fãs. Coisa do passado, pois agora, comenta, artista precisa ter Instagram e WhatsApp.
ENTREVISTA
Você tem 47 anos de carreira, grava canções adoradas pelo brasileiro. Qual é a fórmula do sucesso?
Não se faz sucesso por uma coisa só. São várias coisas juntas: qualidade musical, produzir bem e cantar mais ou menos. Com tudo isso, você chega aos 47 anos de carreira.
Você começou nos tempos do disco de vinil, do LP, do compacto e da fita cassete. Depois, passou pelo CD e DVD. Atualmente, vivemos a era do single e das plataformas digitais. Como convive com as mudanças tecnológicas?
Tecnologia é uma coisa que independe do trabalho que a gente está fazendo, se é bom ou ruim. A tecnologia é uma coisa paralela. Começou no disco, foi para o CD, pendrive... Hoje, temos as plataformas digitais e a rede social, que também ajuda muito, além dos jornais e rádios, que já existiam antigamente. Os meios de comunicação ajudam a mostrar o nosso trabalho.
Há algum tempo, você foi considerado o cantor brasileiro que mais recebia cartas dos fãs. E hoje?
Também é uma coisa que já está ultrapassada. Não se recebe mais carta. (O artista) Recebe recados pelo Instagram, pelo WhatsApp... Mudou tudo.
Mudou a relação com os fãs?
Continua do mesmo jeito. A forma de comunicar que é outra, mas os fãs permanecem do mesmo jeito.
Você tem um segredo, uma espécie de “talismã”, para manter o público tão fiel?
Escolher bem músicas. Não existe unanimidade em nada, mas se você tem a maioria do seu lado, isso se torna sinônimo de sucesso.
A pandemia interrompeu por quase dois anos os eventos musicais. Como você lidou com ela?
A agenda (de shows) teve que ser adiada por duas vezes, no primeiro ano e no segundo ano, quando veio a outra onda da COVID-19. Recomeçamos há cerca de dois meses. Estamos cumprindo aquelas agendas que já existiam e as novas agendas também.
Nessa retomada, a agenda é muito corrida?
Sim, como toda atividade normal.
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