Três anos depois de premiada com menção especial para o curta-metragem Monstruoso Diós (2019), exibido no Festival de Cannes, a diretora argentina Agustina San Martín apresenta uma coprodução entre Chile, Brasil e Argentina. Como matar a besta, uma das estreias na cidade, foi mostrado em instâncias diversas como o Festival de Toronto e ainda o Festival do Rio.
Na região de Missões, uma área fronteiriça, as paisagens densas (captadas na fotografia de Constanza Sandoval) engolem a turista Emília (Tamara Rocca), na trama de Agustina. Ela visita a tia Inês (Ana Burn, a premiada atriz de As herdeiras), mas o intuito é outro: quer retomar o contato com o sumido irmão, que parece ter alguma ligação com situação adversa experimentada num vilarejo entregue à descrença pela ação de fenômenos sobrenaturais. Pregnado liberdade e em meio à descoberta da sexualidade, Emília vai tatear um ambiente que pouco lhe diz. João Miguel e Juliet Micolta completam o elenco.
Também tratando de descobertas, o longa Um conto de amor e desejo, que estreia na cidade, depois de passar pela mais recente edição do Festival Varilux, traz a assinatura da realizadora tunisiana Leyla Bouzid. Estrelado por Zbeida Belhajamor e por Sami Outalbali,
o filme desenvolve o choque cultural experimentado por Ahmed e a jovem Farah. Vindo da Argélia, Ahmed já goza de intimidade com a periferia parisiense e passa a trocar experiências com a nova colega que, igualmente, cursa a Universidade de Sorbonne.
Numa outra linha, a da animação, a produção japonesa Jujutsu Kaisen traz o diretor Sunghoo Park conduzindo um enredo que investe em elementos unidos de forma aterradora: feitiçaria, luto e um empilhado de maldições.