Cinema

Cidade perdida e D.P.A.3 estão entre as estreias de aventura e mistério

Em Cidade perdida, Bullock interpreta a autora de sucessos Loretta Sage, involuntariamente, protagonista de uma aventuras da vida real. Para os pequenos, D.P.A. 3 reúne os protagonistas Pippo, Bento e Sol

Astros hollywoodianos de milhões de dólares, Channing Tatum e Sandra Bullock se encontram em Cidade perdida, que mistura aventura e mistério, entre cenários selvagens. A ser reunida no futuro Mestres do Universo, a dupla de diretores Adam e Aaron Nee se junta num roteiro cuja origem parte de argumento de Seth Gordon (de Quero matar meu chefe). Na trama, Bullock interpreta a autora de sucessos Loretta Sage, involuntariamente, protagonista de uma aventuras da vida real: ela é raptada por um fã milionário e exótico (papel de Daniel Radcliffe) que pretende alcançar um suposto mapa do tesouro descrito em recente livro de Loretta. Sob roteiro de Dana Fox (Cruella) e Oren Uziel (Anjos da lei 2), Channing dá vida a Dash, um modelo que serve às capas dos livros da escritora, mas que se vê obrigado a salvá-la, na selva.

Num clima igualmente misterioso, desponta como atração no circuito de cinema o aguardado D.P.A. 3 — Uma aventura no fim do mundo, assinado por Mauro Lima. Rodado em Ushuaia (Argentina), o filme, novamente, traz o trio de jovens investigadores Pippo, Bento e Sol que, desta vez, se vê ilhado por uma rara situação que envolve o porteiro Severino (Ronaldo Reis). É a partir do contato com a metade de um colar, encontrado nos escombros de um avião, que Severino se mostra transtornado. Para reverter a situação, os amigos devem recompôr a relíquia (chamada de Medalhão de Uzur), e quebrar o encanto que cerca o amigo. Para tanto, contarão com a ajuda da feiticeira Berenice (Nicole Orsini).

Também apoiada num trabalho de grupo, A noite do triunfo parte de um enredo real, sob a versão do diretor Emmanuel Courcol. O filme foi destacado na abertura do Festival de Cannes de 2020, e refaz a turnê, que culmina em Paris, de um grupo teatral de origem bastante especial: todos ensaiam ainda sob pena cumprida em penitenciária francesa. Etienne é o ator desempregado que consegue integrar a trupe, com o objetivo de encenar Esperando Godot, a clássica obra de Samuel Beckett.

Vencedor do prêmio máximo no Festival de Annecy, o mais importante do filão da animação, Flee — Nenhum lugar para chamar de lar é outra opção nas telas da cidade. O filme de Jonas Poher Rasmussen competiu em três categorias do mais recente Oscar, e traz a curiosa embalagem para um documentário. No enredo, Amin, a conta-gotas, retoma o fio da meada do passado dele. Tudo chega algo desordenado, e, a fim de acessar seus traumas e se expor, de verdade, Amin enfrenta preconceitos, opressões vividas no Afeganistão e na Rússia, além da condição de ser ex-refugiado.

Na comédia romântica nacional Nunca fomos tão modernos, sob a direção de Guga Coelho e Alexandre Moretzsohn (ator de Ódiquê? e diretor de Um lugar ao sol), Letícia Spiller e Dudu Azevedo dão vida a personagens encurralados em circunstâncias sempre duvidosas. Respectivamente, Marina e Argeu, no filme, eles empilham planos para chamar a atenção de Santiago (Guga Coelho). Depois de restaurar objetos antigos, agrupados em museus, Marina, com casamento desgastado por apertos econômicos e rotina, busca regenerar a vida a dois: daí, conta com a cumplicidade de um amigo, a fim de despertar o ciúme do marido.

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