Com cerca de 50 filmes, chega ao CCBB a mostra Ecos 1922 - modernismo no cinema brasileiro, que celebra o centenário da Semana de arte moderna de 22. A retrospectiva cinematográfica ficará em cartaz até dia 8 de maio e reúne longas, médias e curtas-metragens, com raros registros em 35mm e 16mm.
As obras tiveram a curadoria de Aïcha Barat, Diogo Cavour e Feiga Fiszon e abrangem um vasto recorte geográfico, temporal e conceitual, que vai de 1922 a 2021, mesclando o moderno e o contemporâneo.
“O cinema modernista propriamente dito não existe. Não há um cinema contemporâneo a 1922 feito nos moldes modernistas ou que se reivindique como tal. Talvez o maior impasse de uma mostra de cinema que aborda os ecos de 1922 seja justamente que não houve modernismo per se no cinema. Longe de querer fechar um recorte numa única abordagem do tema, mas o mais importante é que a mostra chega para lançar questionamentos, abrir frentes, disparar provocações”, explica a curadora Aïcha Barat em nota à imprensa.
Serão exibidos títulos como os curtas da série Brasilianas, de Humberto Mauro (1945–1956), Limite (Mário Peixoto, 1931), Terra em transe (Glauber Rocha, 1967), Macunaíma (Joaquim Pedro de Andrade, 1969) e Como era gostoso meu francês (Nelson Pereira dos Santos, 1971). Filmes raros, em cópias digitais especiais, também ganham sessões, como O homem que deu cria (João Silvério Trevisan,1970), Mangue-bangue, (Neville de Almeida, 1971), A$$untina das Amérikas (Luiz Rosemberg, 1976) e Um filme 100% brazileiro (José Sette, 1985).
Além dos filmes, o público poderá participar também de debates e palestras, como Modernismo e cinema marginal, no dia 23 de abril, a partir das 18h15. O bate-papo será com João Lanari, professor do curso de Audiovisual, da Universidade de Brasília (UnB), e Lila Foster, pesquisadora, curadora e preservacionista audiovisual, a mediação será de Glênis Cardoso.
Serviço
Ecos 1922 - modernismo no cinema brasileiro
Mostra de filmes em cartaz no CCBB (Setor de Clubes Esportivos Sul trecho 2) até 8 de maio
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