Livro

O registro da opressão e do renascimento, em livro de Bruno Torres

Diretor de 'A espera de Liz', o também ator Bruno Torres traz um compêndio com as imagens fundamentais do longa-metragem estrelado por Simone Iliescu


De um lado, o registro da água e da passividade, do outro, brotam estigmas atrelados à energia e à quentura: foi a partir das definições de ideais complementares de yin e yang, que o ator e diretor de cinema brasiliense Bruno Torres estruturou o longa A espera de Liz, que teve recente passagem pelos cinemas da cidade. Parte de toda a experiência cinematográfica foi documentada no livro Lírico e pragmático — Fotografia do filme A espera de Liz, a ser lançado nesta quarta (12/04), no Quanto Café (103 Norte, Bl. A), a partir das 19h.

A obra (integrada por 164 páginas, em edição de capa dura) teve participação do Fundo de Apoio à Cultura (DF), e revela imagens de André Lavenère, Luciana Melo, Bruno Torres e João Pereira Lima. No lançamento, terá valor de R$ 90, enquanto, em encomenda por meio virtual, sairá por R$ 210.

Bruno Torres avalia que o livro abraça o conceito de uma visão ocidental sobre crenças taoistas, atreladas às origens de todas as existências. A obra da Cartola Editora se mistura a um momento diferenciado de Torres, que abraçou preceitos africanos e que adotou o nome espiritual Fatumbi. Muito dos novos aprendizados parte de preceito Ifá, advindos da Nigéria.

Além da protagonista Simone Iliescu e de Rosanne Mulholland, Bruno Torres também integra o elenco de A espera de Liz. Além de trazer imagens de lugares monumentais em que a equipe esteve, caso dos montes Kukenan e Roraima (Venezuela), o livro apresenta imagens do Rio Grande do Sul e dos bastidores da realização (o chamado making of, criado em preto e branco). Opressão masculina, traição e emancipação formam traços do enredo da fita de Liz.