A 18ª edição da SP Arte tem início nesta quarta-feira (6/4) com um total de 133 galerias, sendo nove internacionais, reunidas no Pavilhão da Bienal, em São Paulo, para o maior evento do mercado de arte do Brasil. Depois de edições realizadas on-line por causa da crise sanitária, o evento volta ao formato presencial para uma retomada que a fundadora da feira, Fernanda Feitosa, avalia como eufórica. “Saímos de um estado de letargia para estado de euforia”, diz. “Está uma animação. Acho que estamos vivendo um estado de euforia emocional e isso tem trazido uma grande alegria que está permeando os eventos, as aberturas, os trabalhos.”
A SP Arte não abandona completamente o ambiente virtual e, segundo Fernanda, o evento tem formato híbrido, com um espaço on-line no qual o usuário pode conferir galerias, preços e obras disponíveis, além de transmissões ao vivo de debates e encontros. “Algumas coisas nessa edição são reflexo das iniciativas que desenvolvemos em função da pandemia. Temos uma atuação do nosso site muito forte e interligada ao evento, a feira acontece simultaneamente no pavilhão e no site da SP arte. As obras que estão no evento estão no site e outras também”, avisa Fernanda.
Além das galerias, a feira investe em uma parceria com instituições, espaços autônomos e ONGs que ganharam espaço no pavilhão. Essa colaboração está especialmente representada na exposição Arte natureza: ressignificar para viver, com curadoria Ana Carolina Ralston. Este ano, a novidade fica por conta do Radar SP Arte, programa criado para aproximar mercado e público de artistas e galerias autônomas. “A intenção é dar espaço para jovens artistas que ainda não têm representação formal com uma galeria de arte, artistas em início de carreira, que participaram de editais mas não têm ainda representação”, explica Fernanda. “A SP Arte sempre se posicionou como plataforma de inserção de jovens artistas e, dentro do radar, convidamos cinco espaços autônomos de ateliês e coletivos de artistas. O radar traz essa conotação de estarmos antenados e atentos a novos artistas, a conexões e a novas formas de trabalho.”
Uma programação de talks também foi montada para o Lounge arena Iguatemi, que recebe artistas e curadores renomados apresentados por Jacopo Crivelli Visconti, curador da última Bienal Internacional de Arte de São Paulo, e Ana Roman, curadora assistente da Bienal. O design também está de volta com a participação de 32 galerias.
De Brasília, a Referência Galeria de Arte participa com 24 artistas, sendo uma parte deles da cidade. Estarão no estande obras de nomes como Alice Lara, Christus Nóbrega, Elyeser Szturm, Gê Orthof, João Angelini, José Roberto Bassul, Julio Lapagesse, Karina Dias, Léo Tavares, Luiz Aquila, Patrícia Bagniewski, Pedro Gandra, Ralph Gehre e Virgílio Neto.