O Brasil perdeu, na manhã deste domingo (3/4), a famosa escritora Lygia Fagundes Telles, aos 98 anos. Ela faleceu em casa de causas naturais, segundo relato de Juarez Neto, da Academia Brasileira de Letras (ABL), da qual Lygia também era integrante desde 1985. Romancista e contista pós-modernista, ela ocupava a cadeira 16 na instituição, que assumiu no lugar de Pedro Calmon.
Nascida em São Paulo, em 19 de abril de 1923, a escritora é um símbolo de resistência contra a censura da ditadura militar no Brasil, quando ganhou os prêmios literários Jabuti e Camões, em 1977. Além desses, Lygia ainda recebeu diversos outros prêmios, como Prêmio do Instituto Nacional do Livro em 1950; Jabuti em 1966, 1974 e 2001; e Camões em 2005 (pelo conjunto da obra).
Sua primeira obra literária foi publicada em forma de contos, Porões e sobrados, em 1938. Mas foi na década de 1970 que a escritora produziu a leva de obras mais importante da carreira: Antes do Baile Verde (1970), As meninas (1973), Seminário dos ratos (1977) e Filhos pródigos (1978).
Lygia era amiga de escritores tão renomados quanto ela, como Carlos Drummond de Andrade e Erico Verissimo. Era filha do promotor Durval de Azevedo Fagundes e da pianista Maria do Rosário Silva Jardim de Moura. Casou-se duas vezes e teve um filho, além de duas netas e uma bisneta.
Reconhecida internacionalmente, Lygia tem suas obras traduzidas em várias línguas, além de adaptações de suas obras para o cinema, teatro e televisão.
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Frases marcantes de Lygia Telles
“Sou escritora e sou mulher – ofício e condição duplamente difíceis de contornar, principalmente quando me lembro como o país (a mentalidade brasileira) interferiu negativamente no meu processo de crescimento como profissional.”
“Algumas das minhas ficções se inspiraram na simples imagem de algo que vi e retive na memória, um objeto, uma casa, uma pessoa...”
“O escritor pode ser louco, mas não enlouquece o leitor. Ao contrário, pode até desviá-lo da loucura. O escritor pode ser corrompido, mas não corrompe. Pode ser solitário e triste e ainda assim vai alimentar o sonho daquele que está na solidão.”
“Sou escritora e sou mulher – ofício e condição duplamente difíceis de contornar, principalmente quando me lembro como o país (a mentalidade brasileira) interferiu negativamente no meu processo de crescimento como profissional.”
“Algumas das minhas ficções se inspiraram na simples imagem de algo que vi e retive na memória, um objeto, uma casa, uma pessoa...”
“O escritor pode ser louco, mas não enlouquece o leitor. Ao contrário, pode até desviá-lo da loucura. O escritor pode ser corrompido, mas não corrompe. Pode ser solitário e triste e ainda assim vai alimentar o sonho daquele que está na solidão.”
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* Com informações do EM.