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Orquestra de Cavaquinhos de Brasília une samba e música caipira

Apresentação da Orquestra de Cavaquinhos de Brasília faz parte de shows realizados pelo Ponto de Cultural Waldir Azevedo

Pedro Almeida*
postado em 26/04/2022 06:11 / atualizado em 26/04/2022 06:12
 (crédito: Giovanna Guiotti)
(crédito: Giovanna Guiotti)

O Ponto de Cultura Waldir Azevedo promove, em 15 de maio, apresentação gratuita da Orquestra de Cavaquinhos de Brasília. O espetáculo, que une música caipira e samba, acontecerá na praça da Vila Telebrasília, a partir das 16h. O projeto também passa, nos meses de abril e maio, por escolas públicas do Distrito Federal. Ontem, ocorreu a primeira apresentação na Escola Metropolitana do Núcleo Bandeirante.

Há nove anos situado na Vila Telebrasília, o Ponto de Cultura Waldir Azevedo é um projeto sem fins lucrativos que oferece, sempre de forma gratuita, cultura e música à comunidade por meio de aulas, oficinas, rodas de conversa, saraus, shows, entre outros eventos. A iniciativa, criada pelo músico Dudu Oliveira, foi batizada em homenagem ao célebre músico e cavaquinista brasileiro Waldir Azevedo, compositor das obras-primas como Brasileirinho e Delicado, e morador de Brasília nos anos 1970. Dudu, mineiro criado em Cabo Frio, no Rio de Janeiro, é profundo apreciador da obra de Waldir e entusiasta da arte como ferramenta de transformação social. Ao se casar com uma brasiliense e mudar-se para cá, resolveu unir os dois interesses. Surgiu, em 2011, na comunidade à margem do Plano Piloto, o então chamado Projeto de Cultura Waldir Azevedo. Quase uma década depois, o ambicioso plano gerou frutos e, hoje, está também presente na Estrutural e no Centro de Ensino Especial para Deficientes Visuais, na Asa Sul. A música, que segue como carro-chefe, agora é acompanhada de aulas de teatro e capoeira. Turmas especiais para alunos com deficiência são um diferencial da iniciativa, que visa a inclusão.

Entre as ações desenvolvidas pelo Ponto de Cultura, a Orquestra de Cavaquinho de Brasília é um dos destaques. Integrado por alunos formados no projeto e regido pelo próprio Dudu Oliveira, o conjunto celebra o icônico instrumento, que apesar de não ter sido criado no Brasil, tornou-se, no casamento com o pandeiro, símbolo da música nacional. Durante os anos de existência, o grupo percorreu o país e o mundo com o pequeno instrumento de quatro cordas. A apresentação na Alemanha, em 2017, no Dia Internacional do Choro, sedimentou a relevância do projeto.

Desta vez, além do samba, conexão inevitável, o grupo também explora a música caipira. Para colaborar com a viagem musical ao sertão, o mestre violeiro Volmi Batista, importante nome do gênero em Brasília, se une à orquestra para tocar e contar "causos". Empunhando o microfone, a cantora Dani Ribeiro, figura conhecida nas rodas de samba da capital, empresta a voz às canções.

Antes de se apresentar, no dia 15 de maio, para o público geral, o grupo passa por escolas públicas do Distrito Federal para levar cultura aos alunos. Na segunda-feira , a orquestra deu início aos concertos, na Escola Metropolitana do Núcleo Bandeirante, para alunos do ensino fundamental. No dia 2 de maio, é a vez da Escola Classe 2 da Candangolândia receber a apresentação. Dudu Oliveira busca manter viva, nas gerações mais novas, a chama do samba, como quem responde ao apelo eternizado no clássico hino: não deixe o samba morrer.

*Estagiário sob a supervisão

de Severino Francisco

 

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