O carnaval de 2022 no Rio de Janeiro, que foi transferido para abril, vai ter apresentação de escolas de samba na Marquês de Sapucaí, começando pelas agremiações da Série Ouro, antiga Série A ou de grupo de acesso, nos dias 20 e 21. A sexta-feira (22) e o sábado (23) estão reservados para o desfile das escolas do Grupo Especial, consideradas a elite do carnaval carioca. No dia 30, a Sapucaí terá o Desfile das Campeãs, com a apresentação das seis escolas mais bem classificadas do Grupo Especial.
Nos dias 21 e 22, 29 e 30 de abril e 1º de maio, haverá desfiles das escolas de samba dos grupos de Avaliação, Bronze, Prata, B e C na Estrada Intendente Magalhães, no bairro do Campinho, zona norte do Rio.
A Intendente Magalhães será também o único lugar para passagem de blocos carnavalescos. De acordo com a prefeitura, concentrar os desfiles dessas agremiações no local foi a maneira encontrada para fazer o controle de foliões vacinados e dar mais segurança sanitária ao público, evitando as grandes aglomerações que costumavam ocorrer antes da pandemia nas apresentações dos blocos de rua. Além disso, por causa da variação dos níveis da pandemia, faltou tempo para a Riotur organizar as etapas que precisam ser seguidas para a realização do carnaval.
"A Riotur informa que não há tempo hábil para organizar o carnaval de rua com estrutura necessária para os blocos e foliões", disse a empresa em resposta à Agência Brasil.
Blocos
A presidente da Associação Independente dos Blocos de Carnaval de Rua do Rio de Janeiro (Sebastiana), Rita Fernandes, disse que 2022 será mais um ano sem blocos de rua por causa dos efeitos da pandemia de covid-19. "Os blocos da Sebastiana não vão fazer nada em abril, não. A gente só vai fazer em 2023", disse Rita à reportagem da Agência Brasil.
O presidente da Liga Carnavalesca Amigos do Zé Pereira, Rodrigo Rezende, lembrou que circulou um boato sobre autorização da prefeitura para os desfiles, mas disse que não acreditou na realização destes por falta de tempo hábil. "Da nossa parte, está todo mundo pronto para desfilar. Preparamos para fevereiro o carnaval dos nove blocos da Liga do Zé Pereira. Se os desfiles fossem daqui a duas semanas, conseguiríamos fazer com repertório ensaiado e tudo certo. O problema é que é impossível a prefeitura preparar isso junto com a produtora que opera o carnaval", afirmou.
O tradicional desfile do Bola Preta também ficou para 2023. Pedro Ernesto, presidente do bloco, que antes da pandemia concentrava multidões nas ruas do Rio no sábado de carnaval, também disse que a prefeitura não teria tempo para divulgar os editais e o caderno de encargos necessários para a organização das apresentações do carnaval.