Em 1969, em plena ditadura militar, Toquinho compôs com Chico Buarque de Holanda Samba de Orly que, num trecho da letra dizia: "Pede perdão pela omissão um tanto forçada/ Mas não diga nada/ Que me viu chorando/ E pros da pesada diz que vou levando...". Uma década depois, ainda durante os anos de chumbo, Ivan Lins gravou no LP A noite, Desesperar jamais, canção que fez com Vitor Martins. No refrão ele cantava: "Desesperar jamais/ Cutucou por baixo, o de cima cai/ Cutucou com jeito, não levanta mais".
O tempo passou, muitas mudanças ocorreram, e os dois estarão juntos no sábado (12/3), às 21h30, no palco do auditório master do Centro de Convenções Ulysses Guimarães, no show Da Bossa à MPB. Além da música, os dois contarão histórias de momentos vividos ao longa da carreira — algumas tendo como personagens marcantes da música popular brasileira como Vinicius de Moraes, Tom Jobim, João Gilberto e Elis Regina. Eles, que se conheceram durante o programa Som Livre Exportação, da TV Globo, em 1971, irão, também, celebrar 50 anos de amizade.
A expectativa de ambos é de que as pessoas que forem assisti-los façam coro para boa parte das canções que serão interpretadas durante o espetáculo, no qual Ivan e Toquinho além de cantar, tocarão piano e violão respectivamente. O repertório é formado, basicamente, por clássicos da importância de: Aos nossos filhos, Bandeira do Divino, Começar de novo, Lembra de mim, Madalena, Novo tempo, Aquarela, Escravo da alegria, O caderno, Que maravilha, Samba pra Vinicius e Tarde em Itapoã.
Da Bossa à MPB
Show de Ivan Lins e Toquinho amanhã, às 21h30, no auditório master do Centro de Convenções Ulysses Guimarães.Ingressos: R$ 70 (poltrona especial), R$ 90 (poltrona vip), R$ 110 (poltrona gold), R$ 130 (mezanino open bar) e R$ 150 (poltrona premium. Valores referentes a meia entrada. Assinantes do Correio têm desconto de 50% sobre o ingresso inteiro. Ponto de venda: poso G2 do Brasília Shopping.
Duas perguntas // Ivan Lins
O que você destaca neste show?
O reencontro com o público que vai ser maravilhoso. Essa pandemia demorou muito. A gente pouco teve oportunidade de cantar ao vivo. Então, nesse show que estou fazendo com Toquinho, a gente vai se divertir no palco. É um show alegre, tranquilo, emotivo, com historinhas engraçadas. Vale a pena o brasiliense ir assistir.
O que mais o aproxima Toquinho?
Primeiro é a pessoa. O Toquinho é um grande amigo. A gente combina muito bem. E, em segundo lugar, a qualidade da música. Ele tem lá os sucessos dele, eu tenho os meus. O resultado é o show que estamos fazendo há quatro anos.
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