Dividida entre o mundo das vedetes e explosões de sucesso na televisão dos anos de 1970, a atriz Djenane Machado teve a notícia da morte, aos 70 anos, divulgada na manhã de hoje (29/3). Ela não teve filhos e tinha por companhia uma cuidadora, numa rotina pacata no Bairro Peixoto (RJ). No currículo, a atriz teve por destaque a participação no seriado A grande família, no qual viveu Bebel, na primeira temporada da atração da Rede Globo. Desde a morte do famoso pai, o produtor de teatro de revista Carlos Machado, em 1992, Djenane estava afastada dos palcos. Ela não teve a causa da morte confirmada.
O pai, por vezes, intercedeu na carreira da filha que, pela vida, teve muitos episódios de altos e baixos gerados por dependência química. O cinema trouxe relativa estabilidade, quando ela despontou em A penúltima donzela (1969), comédia feita ao lado de Adriana Prieto. Outros momentos de brilho vieram com Já não se faz amor como antigamente (1976) e dois fortes títulos: Águia na cabeça (1984) e Ópera do malandro (1985).
Até o último sucesso na Rede Globo, com Ciranda de pedra (1981), baseada em texto de Lygia Fagundes Telles, Djenane teve a projeção, em 1973, na personagem Bebel (que, futuramente, seria encarnada por Guta Stresser). No campo das novelas, Djenane coletou sucessos com Véu de noiva (1969), sob direção de Daniel Filho, ao lado da estrela Regina Duarte, no folhetim de Janete Clair. Esteve nas novelas de Dias Gomes, A ponte dos suspiros e Assim na Terra como no céu. Entre os pontos altos de Djenane Machado estão a novela das dez O cafona (1971) e ainda o enorme sucesso de Mário Prata, com a novela das sete Estúpido cupido (1976). Na primeira, de Bráulio Pedroso, Djenane eternizou a hippie Lucinha Esparadrapo. Já na novela estrelada por Françoise Forton, em 1976, ela foi Glorinha, filha do delegado e a paixão de Caniço (personagem de João Carlos Barroso).
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