Festival

Lollapalooza é denunciado por falta de qualificação para trabalhadores

Ocorrência foi registrada na última quinta-feira (24/3) na 48º DP de São Paulo, feito pelo Sindicato dos Artistas e Técnicos em Espetáculos e Diversões do Estado de São Paulo

Correio Braziliense
postado em 25/03/2022 11:47
 (crédito: Reprodução/Instagram)
(crédito: Reprodução/Instagram)

Na última quinta-feira (24/3), o Sindicato dos Artistas e Técnicos em Espetáculos e Diversões do Estado de São Paulo (Sated-SP) protocolou uma denúncia contra a empresa Times For Fun (T4F), organizadora do festival Lollapalooza no Brasil, alegando que os trabalhadores e técnicos terceirizados não têm qualificação profissional.

Segundo o presidente do sindicato, Dorberto Carvalho, uma fiscalização foi feita ainda na quinta, no Autódromo de Interlagos — local onde ocorre o evento — e após uma reunião com as empresas contratadas pela T4F, foi identificado que ao menos 70 técnicos contratados estão trabalhando sem a qualificação necessária.

Em postagem nas redes sociais, o Sindicato afirmou ainda que estão pressionando a empresa para assinar um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) para que eles se responsabilizem "pelos trabalhadores e trabalhadoras e suas famílias em caso de acidente, bem como a cumprirem todas as obrigações legais decorrente da contratação destes técnicos".


No entanto, segundo o jornal Folha de São Paulo, como a empresa não assinou o termo eles prestaram um boletim de ocorrência na 48º DP de São Paulo.

Em nota ao jornal, a T4F informou que as acusações de irregularidades nos contratos com os prestadores de serviços terceirizados são "completamente infundadas".

O sindicato ingressou também uma ação judicial no Tribunal Regional de Trabalho da 2a Região pedindo uma cópia dos contratos de trabalho e dos registros profissionais dos funcionários relacionados ao festival.

"Ao ter o seu pedido de antecipação de tutela indeferido, optou por diligenciar ao Autódromo de Interlagos, sem qualquer prévio aviso, alegando de forma absolutamente infundada, a existência de irregularidades nos contratos com os prestadores de serviços terceirizados", informou a empresa em comunicado à Folha.

Em resposta, o sindicato diz que "a antecipação da tutela foi indeferida, mas isso não tem qualquer significado quanto ao mérito do processo".

 

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