O rapper norte-americano Eminem protestou durante o show do intervalo da final do Super Bowl, na noite deste domingo (13/2), no SoFi Stadium, em Los Angeles. Ao terminar de apresentar a música Lose Yourself, o rapper se ajoelhou, com a mão direita na cabeça e olhando para baixo em uma referência ao o ex-quarterback Colin Kaepernick, do San Francisco 49er.
O atleta começou a fazer o gesto em 2016 durante a execução do hino dos Estados Unidos como forma de protestar contra o racismo e a brutalidade policial. O gesto gerou muitas controvérsias e até o mesmo o então presidente Donald Trump criticou o protesto. "A NFL tem todo tipo de regra e regulamentação. A única saída para eles é estabelecer uma regra dizendo que não se pode ajoelhar durante nosso hino nacional!", disse pelo Twitter à época.
O jogador está longe dos gramados desde o fim de 2016. Após o fim da temporada, Kaepernick nunca mais foi contratado por nenhum time da NFL e chegou a processar a liga.
A NFL informou que sabia que Eminem faria o protesto durante a apresentação, já que ele tinha feito o mesmo gesto durante os ensaios. A liga também negou que tivesse tentado impedir que o rapper fizesse a manifestação.
"Nós assistimos a todos os elementos do show durante vários ensaios esta semana e estávamos cientes de que Eminem faria isso", disse o porta-voz da liga, Brian McCarthy.
Em 2020, a NFL admitiu que não escutou os jogadores quanto as queixas de racismo. “Nós, a National Football League, admitimos que estávamos errados por não ouvir os jogadores da NFL mais cedo e incentivamos todos a falar e protestar pacificamente”, disse o comissário da NFL Roger Goodell em junho de 2020.
A aguardada apresentação do Super Bowl ainda contou com outros grandes nomes do hip-hop: Dr. Dre, Snoop Dogg, Mary J. Blige, 50 Cent e Kendrick Lamar. Este foi primeiro Super Bowl disputado em Los Angeles em quase 30 anos e terminou com a vitória dos Rams contra o Cincinnati Bengals por 23-20.