Chick Corea, 79 anos, morreu, nesta terça-feira (8/2), em decorrência de uma forma rara de câncer. O tecladista considerado uma lenda do jazz, batizado como Armando Anthony Corea, nasceu em 12 de junho de 1941, na cidade de Boston, Estados Unidos. Talentoso de nascença, começou a demonstrar os dons musicais ainda muito novo.
“Ao longo de sua vida e carreira, Chick apreciou a liberdade e a diversão de criar algo novo e jogar os jogos que os artistas fazem”, escreveu a família do artista em um comunicado. “Através de seu trabalho e das décadas que passou em turnê pelo mundo, ele tocou e inspirou a vida de milhões”, garantiu a família.
Chick dividiu palco com grandes nomes da música mundial. Após a confirmação de sua morte, artistas lamentaram o ocorrido e lembraram bons momentos que passaram ao lado do pianista. O cantor e compositor John Mayer, foi um deles. “Chick Corea foi o maior músico de improvisação com quem já toquei”, contou em uma publicação feita no Instagram.
“Ninguém estava mais aberto, mais afinado com o momento, mudando sua abordagem a cada nova oferta dos músicos ao seu redor. Se você tocava uma nota errada, ele imediatamente a pegava e a tocava como um motivo para dizer 'tudo isso tem valor, quer você veja ou não'. Que perda imensurável de tantas maneiras”, lamentou.
“Corea mudou o cenário”, escreveu o guitarrista Vernon Reid, no Twitter, após a morte do colega. “Em muitos níveis. Ele (e Herbie Hancock) fizeram o Fender Rhodes LEGIT in Jazz. Ele literalmente dominou TODAS as escolas. Ele foi lá. Apenas um músico MARAVILHOSO”, declarou.
Corea, durante a carreira, trabalhou com diversos artistas. Ele ajudou o trompetista Miles Davis a inaugurar a revolução da fusão para um som mais contemporâneo. Depois desse trabalho, Chick fundou seus próprios grupos revolucionários, e formou a banda elétrica inovadora Return to Forever, que tocou algumas das músicas mais vibrantes e dinâmicas da era da transição. O reconhecimento como pianista de primeira linha foi estabelecido no início dos anos sessenta, trabalhando com grandes músicos como Stan Getz, Herbie Mann e outros.
“Quero agradecer a todos aqueles ao longo da minha jornada que ajudaram a manter as chamas da música acesas. É minha esperança que aqueles que têm um pressentimento para tocar, escrever, atuar ou de outra forma, o façam. Se não por você, então pelo resto de nós. Não é só que o mundo precisa de mais artistas, também é muito divertido”, escreveu ele, em um recado aos fãs e colegas, através de sua família.