Responsável pelo carnaval de Brasília desde 2010, a União das Escolas de Samba e Blocos de Enredo do Distrito Federal (Uniesbe-DF) deu início, no último fim de semana, ao projeto Brasília Tem Cultura Carnavalesca: Atividades Permanentes nas Escolas de Samba, uma parceria com a Secretaria de Cultura do DF (Secec). Realizado em formato de lives transmitidas via YouTube, o projeto busca, por meio de apresentações de escolas de samba e suas respectivas baterias, resgatar as raízes culturais carnavalescas e preparar as comunidades para o próximo carnaval de Brasília.
"A ideia principal é que o projeto fomente o resgate das escolas de samba para um possível carnaval em 2023", explica Luciano Pontes Garcia, diretor do projeto, em entrevista ao Correio. "A gente quer divulgar para a nossa comunidade, para a população do DF, que o nosso carnaval não está morto. A gente quer mostrar que nós temos pessoas sérias dentro do carnaval, para que as coisas possam acontecer de forma tranquila e representativa na nossa cidade", afirma.
Devido o aumento de casos de covid-19 no Distrito Federal e, consequentemente, o cancelamento da folia na região, o projeto, que começou a ser idealizado ainda em 2021, tem sido realizado em formato virtual. "Acreditamos que, hoje, a forma segura de realizar o projeto é por meio das lives, às quais a população pode assistir sem aglomerações e quantas vezes quiser, sem colocar outras pessoas em risco", argumenta Garcia.
Neste fim de semana, a programação do projeto conta com apresentações da Acadêmicos da Asa Norte e da Unidos do Varjão, além da comemoração dos 46 anos da Capela Imperial de Taguatinga e lançamentos de enredos do carnaval de 2023.
"Nós estamos muito felizes de estar realizando este projeto e estar trabalhando desta forma", afirma o diretor. "O público pode esperar muito samba, samba de raiz, samba das escolas, muita alegria, muita vontade. Quem assistir poderá ver nos olhos de cada passista, mestre de baterista, presidente, o samba vivo em nossos olhares", adianta.
*Estagiária sob a supervisão de Severino Francisco.