Obituário

Morre, aos 57 anos, Mark Lanegan, ex-vocalista do Screaming Trees

O anúncio da morte foi feito pelo perfil do cantor no Twitter. As causas ainda não foram divulgadas

*Naum Giló
postado em 22/02/2022 18:32
Um dos pioneiros do grunge, Mark Lanegan morre aos 57 anos -  (crédito: Reprodução/Twitter/Stereoboard)
Um dos pioneiros do grunge, Mark Lanegan morre aos 57 anos - (crédito: Reprodução/Twitter/Stereoboard)

Morreu, aos 57 anos, na Irlanda, Mark Lanegan, um dos principais nomes do grunge que ficou conhecido como líder da banda Screaming Trees. Lanegan também é lembrado pela sua passagem pelo Queens of Stone Age e pela sua carreira solo. A morte dele foi anunciada nesta terça-feira (22/02), no Twitter, pelo perfil do próprio cantor.

A publicação não informa as causas da morte do artista, apenas que morreu pela manhã, em casa, em Killarney (Irlanda), deixando a esposa Shelley. “Um cantor, compositor, autor e músico amado”, descreve o tuíte. O post conclui pedindo aos fãs que respeitem a privacidade da família.

Mark foi vocalista do Screaming Trees, um dos principais nomes do grunge no início dos anos 1990. Ao lado da banda, foi responsável pelo hit Nearly lost you.

A trajetória dele no grupo começou ainda em 1984, antes mesmo da formação da cena grunge. Por quase quatro décadas de carreira, usou sua voz áspera e grave principalmente no rock alternativo, folk e blues. Fez colaborações que vão dos colegas de Seattle (EUA), cidade onde surgiu o grunge, à escocesa Isobel Campbell.

Apesar do Screaming Trees não ter atingido a mesma fama que seus pares Nirvana, Pearl Jam, Soundgarden e Alice in Chains, Lanegan se sobressaiu, mesmo se comparado com outros prodígios da voz da mesma geração. Screaming Trees anunciou a separação em 2000. Depois, quando estava ao lado do Queens of Stone Age, gravou músicas essenciais, como No one knows e Burn the whitch. Entre os outros projetos importantes, destacam-se o The Gutter twins, com Greg Dulli do Afghan Whigs, e o duo com Isobel Campbell.

Na década passada, Mark teve algumas passagens pelo Brasil, todas em São Paulo. Na apresentação de 2010 trouxe repertório composto principalmente por canções da carreira solo. Em 2015, o show dele divulgava o álbum Phanton radio, lançado no ano anterior.

Lanegan também teve contribuição no mercado literário. Em 2021, lançou o livro Diabo em coma, em que conta a sua trajetória e relata a luta contra a covid-19. O artista relatou em comunicado à imprensa que chegou a ficar "completamente surdo" e entrou em coma várias vezes durante o tratamento contra a doença.


 *Estagiário sob a supervisão de Pedro Ibarra



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