Formado por Sylvio J, Guga e Carlos Alexandre, o grupo Pravda, destaque da música local nos anos 1990, volta a se apresentar nos palcos de Brasília. Hoje, a banda tem um encontro marcado com o público do bar Pinella, da 408 Norte, a partir das 19h. Seguindo todas as normas de distanciamento social para combate da proliferação da covid-19, o trio apresenta um novo projeto, intitulado pós-Pravda.
"Inicialmente, o nome do projeto veio de uma brincadeira. A palavra "pravda" significa "verdade" em russo e hoje a gente vive o tempo da pós-verdade. Então a gente ficou brincando com o que seria o pós-Pravda", conta o baterista Guga em entrevista ao Correio. "A gente resolveu criar um projeto que não tivesse, necessariamente, vínculo com o passado, mas que pudesse continuar representando o que a gente gosta e o estilo de música que a gente curte ouvir e tocar", explica.
O show desta terça-feira marcará o retorno da banda aos palcos, que está há cerca de dez anos sem se apresentar ao público. "A vontade de se apresentar e de tocar para o público nunca deixou de existir, mas as circunstâncias não permitiam", revela o artista. Os músicos do trio acabaram se desencontrando por anos, devido a períodos no exterior ou até mesmo a eventuais mudanças de cidade.
Influência
Contemporâneos de bandas como Maskavo Roots e Raimundos, que também serviram de influência para o grupo, as raízes do Pravda vêm de ritmos muito anteriores aos anos 1990. "No mundo da música de modo geral, o Pravda sempre teve seus traços muito calcados no que se convencionou chamar rhythm & blues e no soul dos Estados Unidos, que eram basicamente as influências fortes dos anos 1960 e 1970 da música negra americana", pontua.
"São manifestações bem típicas do legado da música negra americana e isso sempre nos influenciou. São músicas que a gente gosta de ouvir e tocar e o que eu posso dizer é que na noite do show do pós-Pravda isto estará extremamente presente", adianta o artista.
Além de relembrarem a música das décadas de 1960 e 1970, o grupo promete reviver suas músicas autorais. "Para fazer o show do pós-Pravda, a gente teve a oportunidade de fazer releituras das nossas próprias músicas", diz. "Preparem-se para balançar ou, no mínimo, bater o pezinho debaixo da mesa, porque faremos um balanço gostoso", brinca Guga.
*Estagiária sob a supervisão de José Carlos Vieira
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