Após beijar Natália na festa da líder Jade, na última quarta-feira (9/2), as atitudes de Eliezer repercutiram muito na casa do BBB22 e também nas rede sociais, isso porque o participante estava com várias feridas na boca, uma possível suspeita de herpes labial. O Correio conversou com uma dermatologista para entender os sintomas da doença e o que deve ser feito ao notar as feridas.
De acordo com a médica dermatologista Mariana Carvalho Costa, do Hospital Anchieta de Brasília (pela Sociedade Brasileira de Dermatologia e doutora em medicina pela UnB), a herpes labial é contagiosa e causada pelo herpes vírus (tipo I na maior parte dos casos), que acontece em episódios recorrentes, chamados de crises, e é caracterizada na pele por pequenas bolhas, associadas a dor, ardência ou mesmo formigamento.
Estresse, imunossupressão e exposição solar excessiva são fatores que podem causar seu surgimento.
Na fase inicial, os sintomas são marcados pelo surgimentos das bolhinhas na pele. "A quantidade de vírus dentro delas é grande e, por isso, é quando mais se contagia. A transmissão acontece pelo contato íntimo e por meio de objetos contaminados (copos, talheres, batons). Quando as bolhinhas se rompem e secam, não há mais contágio", explica Mariana.
Segundo a médica, as crises da doença costumam durar de 5 a 10 dias e os três primeiros correspondem, normalmente, à fase de maior contágio. Somente quando as bolhinhas se rompem e secam, não há mais contágio da doença. Além disso, é importante frisar que ao notar os primeiros sintomas, o ideal é entrar em contato com um dermatologista para que se avalie sobre tratamentos locais e orais.
Não existe um tratamento eficaz para a doença, uma vez que o vírus permanece no corpo mesmo após os sintomas terem ido embora mas, os sintomas podem ser tratados a base de antivirais oral e cuidados locais para que se evite uma infecção secundária por bactérias no local.
Ao notar os sintomas, é recomendado também manter a higiene local e tomar as medidas para evitar contágio de outras pessoas.
A médica também faz um alerta: "Especialmente na fase ativa, é recomendado que se evite contato íntimo e o partilhamento de objetos que vão à boca".
Para que não existam dúvidas, a médica explica ainda que a herpes labial é considerada uma doença de transmissão sexual eventual, pois quem tiver contato íntimo com as lesões na fase ativa pode se contaminar. "No entanto, cerca 90% das pessoas tem contato com este vírus na infância ou adolescência, sem contexto sexual", ela ressalta.
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