Desde o último domingo (23/1), os internautas estão bem divididos (e surpreendidos) com a nova polêmica do momento: o pão é o verdadeiro vilão da dieta? Para responder com clareza, é preciso entender o imbróglio do começo.
Tudo começou quando uma influencer puxou a orelha do marido por ter comido um inocente pão nas redes. Mas será que o alimento faz tão mal assim na hora de fazer uma dieta para emagrecimento? O Correio conversou com o nutricionista Gyan Borges, especialista em nutrição clínica e esportiva, para saber a verdadeira função do alimento.
O profissional esclarece que não existe um alimento vilão, a menos que você tenha alguma contra-indicação médica (alergia ou intolerância) e que tudo pode ser encaixado de forma equilibrada. “O pão é rico em nutrientes, vitaminas e mineiras e é possível sim integra-lo à dieta”, defendeu o profissional.
Mas qual o limite do pãozinho? O nutricionista explica que em uma dieta normoglicídica, ou seja, com quantidades equilibradas de carboidratos, recomenda-se a ingestão de 50% a 60% de carboidratos — em uma dieta de 2.000kcal. Ele ressalta que a divisão desses carboidratos deve ser feita em equilíbrio durante as refeições. “Isso daria em torno de duas ou três fatias de pão”, ponderou.
O especialista esclarece ainda que o carboidrato é a fonte primária de energia do corpo e que cada grama de carboidrato fornece 4kcal.
Gyan tem o lema “faz o básico”, ou seja, faça um regime sem receitas mirabolantes, com alimentos ditos "normais", de fácil acesso e custos baixos, adequando à realidade do paciente. “Assim, diminui as chances do paciente não conseguir seguir o plano alimentar”, explica. “É totalmente possível fazer uma dieta sem deixar de comer o que gosta”, finaliza.