Álvaro Garnero e Cristiana Arcangeli tiveram uma história de amor que durou cerca de cinco anos e terminou de forma traumática, indo parar nos tribunais. Cris, ex-participante do Shark Tank Brasil , acusa o ex-namorado de estelionato.
A coluna de Leo Dias, do Metrópoles, teve acesso com exclusividade ao processo movido pela empresária contra Garnero. Ao todo, são mais de 1.500 páginas onde Cristiana relata que sofreu um prejuízo de centenas de milhares de reais.
Os dois começaram a namorar em 2010 e, entre algumas crises, foram um casal até 2015. A relação permaneceu amistosa até 2017, quando o empresário pediu que sua ex investisse em criptomoedas, ativos virtuais que podem ser convertidas em valores reais. No caso, Álvaro sugeriu que Cris fizesse um aporte em bitcoins, a mais famosa entre as criptomoedas. De acordo com a coluna de Leo Dias, um bitcon valia 1.290 dólares na época .
Cris se convenceu de que a transação seria rentável e investiu 300 mil dólares , que foram repassados para Álvaro. De acordo com o acordo firmado entre os dois, caberia a ele transformar os valores em bitcoins e investir em uma empresa específica, chamada Híbridos. Porém, segundo consta no processo, Cristiana Arcangeli ficou meses sem notícias sobre seu investimento e recebeu depósitos que não chegaram a totalizar 100 mil dólares somados .
A tal empresa, Híbridos, é comandada por Hélio Caxias Ribeiro Filho e Thalia Alves Andrade Ribeiro. A companhia já estava sendo investigada por estelionato em outra ação e, de acordo com o processo, Álvaro tinha consciência disso.
De acordo com a investigação, no computador utilizado por Hélio Caxias, há uma lista de clientes da Híbridos e nessa lista não consta o nome de Cristiana. Isso levantou a suspeita de que Álvaro pode não ter investido o dinheiro de sua ex-namorada. Há evidências anexadas ao processo de que o empresário e ex-apresentador de TV ( 50 por 1 , da Record TV) fazia parte da Híbridos.
A Híbridos é alvo de outras dezenas de processos e, consta nos autos, Hélio teria sumido por um tempo, no intuito de despistar os credores. De acordo com o colunista do Metrópoles, se os 300 mil dólares da ex-Shark Tant tivessem sido utilizados para investir em bitcoins, seriam convertidos em quase 30 milhões de reais, ao todo.