O Curso Internacional de Verão de Brasília (Civebra), da Escola de Música de Brasília (EMB), chega a sua 43ª edição ofertando para a comunidade em geral mais de 40 opções de cursos gratuitos de música. As aulas, que começaram ontem e seguem até o dia 29 deste mês, vão de lições de violão até percussão erudita, ministradas em regime híbrido — presencialmente e de maneira remota. Também serão realizados ensaios em grupo, apresentações musicais e outras atividades artísticas, como oficinas de áudio e gravação, além de produção cultural.
Em mais de quatro décadas de existência, o Curso de Verão da EMB tornou-se um dos maiores e mais tradicionais cursos de música do país. "O Civebra começou em 1977. Da primeira edição para cá, o curso só não ocorreu por duas ou três vezes, em situações de extrema exceção, como de cunho político ou financeiro", relembra Davson de Souza, diretor da EMB, em entrevista ao Correio.
"No curso, a gente aborda todas as áreas instrumentais do mundo ocidental, seja de música popular, erudita ou música antiga, de época. Nós somos o curso mais completo, que abrange todas as áreas, todos os instrumentos e também a parte de tecnologia em música", explica o diretor. Nesta edição, o Curso de Verão contou com mais de 5 mil inscrições, em um período de apenas dez dias.
"Nós temos um alcance muito grande em Brasília, no Brasil e em vários outros países do mundo. Vários ex-alunos da EMB ou do Civebra hoje atuam de maneira efetiva no mercado da música no mundo inteiro", complementa.
Homenagem
Este ano, o Civebra celebra o centenário da Semana de Arte Moderna. O evento de 1922 foi uma manifestação artístico-cultural brasileira que buscava, por diferentes manifestações, uma nova estética nacional. Para homenagear o marco histórico, o Curso de Verão oferecerá, além da música, espaços para outras vertentes artísticas, como exposições de artes plásticas, oficinas literárias e apresentações de dança. "Tudo isso para mostrar que Brasília é viva e vive neste período de verão", diz Souza.
Além da homenagem à Semana de Arte Moderna, esta edição do Civebra é uma celebração à sobrevivência da EMB nos tempos pandêmicos. "Nesses últimos dois anos, nós tivemos que romper várias barreiras para vencer, continuar funcionando e fazendo nossa função principal: a de instrução musical para estudantes", revela o diretor da EMB. "Tudo que nós fazíamos internamente, tínhamos que passar a fazer melhor e de maneira que fosse eficiente no mundo virtual. Assim, nós poderíamos levar conforto e alento para todos que ficaram isolados em casa durante um grande período. A parte cultural foi uma grande salvação para manter nossa saúde mental", analisa Souza.
*Estagiária sob a supervisão de Juliana Oliveira
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