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Caetano Veloso: Só morei fora porque o Brasil me expulsou e exilou

O baiano volta ao Roda Viva 25 anos após a única entrevista, em 1996

O cantor e compositor Caetano Veloso participa do Roda Viva, desta segunda-feira (20/12). É o retorno do baiano ao programa, 25 anos após a primeira e única entrevista no Roda Viva, em 1996.
Um dos temas abordados na conversa foi a retomada da identidade nacional e como muitos brasileiros pensam em sair do país.

Um dos convidados da bancada, o professor Luiz Antonio Simas, compartilhou que é comum ouvir de alunos sobre a pouca identificação com o país e o desejo de deixar o Brasil, e perguntou ao cantor como isso pode mudar.

O baiano lembrou que durante a juventude dele, nos anos 60 e 70, isso não era tão comum. “Era algo raro, poucos tinham condições de viajar”, pontuou.

O cantor garantiu que não tem vontade de deixar o Brasil, e que se pudesse nunca teria morado fora. “Não tenho vontade nenhuma de morar fora do Brasil. Já vivi fora porque o Brasil me expulsou e exilou. Eu próprio não iria, já fui expulso. Morei fora porque o Brasil me botou para fora. Mas hoje estou aqui, continuo acreditando que o Brasil pode fazer algo para o mundo”, disse.

Caetano foi uma das maiores vozes contra o autoritarismo durante a ditadura militar. Por conta disso, em 1969, o cantor foi preso e fugiu e ficou exilado em Londres, no Reino Unido. Na época, ele gravou o disco Caetano Veloso, lançado em 1971, com uma temática mais melancólica e composições em inglês. 

Participaram da bancada de entrevistadores Adriana Couto, jornalista e apresentadora do programa Metrópolis da TV Cultura e do programa Nova Manhã, da Rádio Nova Brasil FM; Mariliz Pereira Jorge, colunista da Folha de S.Paulo e colunista e apresentadora do Mynews; Maria Fortuna, repórter de Cultura do jornal O Globo; Luiz Antonio Simas, professor e escritor; Leonardo Lichote, jornalista; e Ademir Correa, diretor de conteúdo da Rolling Stone Brasil.

 

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