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Artistas de rua em foco

"Em tempos de pandemia, especificamente agora, em que muito mais pessoas começam a sair de casa depois de tanto tempo; o que vejo é um público com muita sede de ver gente, de consumir arte, de estar na rua e de sentir o olho no olho", conta Ju Maia, expoente do breaking, que, a partir de hoje, se torna uma das artistas de rua focalizadas na série internacional Buscando buskers, em gravação na capital. A atração do canal Music Box Brasil (em plataforma de streaming e rede de canais pagos locais), sob direção geral de Gab e Edu Felistoque, e supervisão artística de Erik de Castro, tem ainda nos créditos a diretora Catarina de Castro e o diretor convidado brasiliense Flávio Costa.

Sob a expectativa do frescor da novidade, Catarina não se prepara exaustivamente para as gravações. Assim será com artistas como Kelvin Bruno (que participou do The Voice), com a compositora Letícia Fialho e ainda, ao lado de Davi Maia, o conhecido palhaço Aipim, que leva adiante o legado do pai, o artista Mandioca Frita.

Com horizontes a serem alargados, a partir de registros fora do Brasil, Buscando buskers irá atrás de uma certeza de Catarina: a de que a arte transcende nacionalidades. Por enquanto, o escopo será mais acessível. "Brasília nos presenteou não somente com talentos, mas também com a força de uma juventude que conquista cada vez mais seu espaço. O break nas periferias, a palhaçaria no parque e a delicadeza da música popular nos centros e feiras. Há movimento muito forte na arte de rua, condensado, e bem importante", enfatiza a diretora.

Foi a partir da experiência com o longa Amado, realizado em Ceilândia, que o produtor da atual série, Edu Felistoque, se encorajou de repetir parceria com talentos saídos do grupo Jovens de Expressão. "Absorvi o potencial daqueles jovens talentos preparados, profissionalmente, por meio dos vários cursos que o projeto oferece. Todos deram show de competência. Fiquei encantado com o trabalho e a sensibilidade deles", diz Felistoque. Na série, há talentos locais como o produtor Wd, e o operador de câmera Palito.

Estrela das gravações de episódio que trará o break de rua, numa parceria com o Jovens de Expressão, Ju Maia foi a primeira bgirl (mulher que dança breaking) brasileira a chegar na final do Festival Mundial The Notorius IBE (Holanda) e a campeã inaugural do Queen of the Floor (Dinamarca). "Atualmente, produzo de forma on-line o Encontro de Bgirls do Brasil, espaço de troca e acolhimento de mulheres do breaking nacional, com foco na construção de iniciativas e projetos voltados ao protagonismo da mulher no hip-hop", comenta a artista, ao Correio.

Ampliando a diversidade, FabGirl, Kelly e Etienne (outros talentos integrados à série), como diz Ju Maia, trazem um histórico influente na cena periférica de Brasília, cravando representatividade. "Acredito que cada uma teve e tem ainda muita importância nas conquistas da cena bgirling.