Um dos mais populares heróis dos quadrinhos e dos filmes, o Homem-Aranha fecha mais uma trilogia nos cinemas. Desta vez, vivido por Tom Holland, o cabeça de teia estreia com o longa Homem-Aranha: Sem volta para casa, filme que ficou marcado como o maior lançamento do cinema mundial desde o início do período de pandemia. A produção chega às salas de Brasília nesta quinta-feira (16/12).
Este é o terceiro longa da franquia, mas a sexta aparição do personagem no Universo Cinematográfico Marvel (MCU, na sigla em inglês). Neste filme, Peter Parker terá de lidar com o fato de que agora todos sabem que ele é a pessoa por trás da máscara do super-herói e, em uma tentativa de acabar com a perseguição, acaba pedindo ajuda para o Doutor Estranho (Benedict Cumberbatch). A situação sai completamente do controle, e o multiverso é aberto, possibilitando que vilões de outras dimensões possam assombrar o amigão da vizinhança.
Estão presentes no filme personagens marcantes da história do Homem-Aranha nos cinemas, porém não só desta última trilogia. Alfred Molina e Willem Dafoe; Doutor Octopus e Duende Verde, nos filmes em que o herói foi vivido por Tobey Maguire; o Electro de Jamie Foxx, vilão nos filmes de Andrew Garfield, também está confirmado na estreia. As prévias da produção ainda confirmam o vilão Homem de Areia, que enfrentou o Peter de Maguire, e o Lagarto, que lutou contra Garfield, apenas como personagens de computação gráfica.
Essas confirmações levaram o público a acreditar que Tobey Maguire e Andrew Garfield reprisariam o papel do Homem-Aranha, em uma união entre os três atores que viveram os personagens nos cinemas. Tobey viveu Peter Parker em três longas entre 2002 e 2007; Andrew, em apenas duas produções, entre 2012 e 2014. Seria a primeira vez que mais de um cabeça de teia estrelaria o mesmo filme live-action, já que, em animação, Homem-Aranha no aranhaverso fez um sucesso estrondoso e ganhou um Oscar.
Estreia recorde
O filme fez uma efetiva campanha para criar expectativas no público. Revelando pouquíssimo da trama, e com muita especulação em torno dos vilões do multiverso e, principalmente, da participação dos outros aranhas. A Marvel e a Sony, detentoras dos direitos do herói, investiram em trabalhar com a ansiedade dos fãs do herói, especialmente os que o acompanham nos cinemas desde o primeiro longa, em 2002.
A estratégia foi acertada. O filme foi a maior pré-venda da história do Brasil, 5% à frente, em número de vendas, de todos os recordistas anteriores do site de vendas Ingresso.com. A projeção nos Estados Unidos é de uma arrecadação de estreia entre US$ 135 milhões e US$ 185 milhões, a maior desde o início da pandemia. Também é esperado que o filme seja o primeiro a alcançar a marca de US$ 1 bilhão com vendas de ingressos mundialmente, sendo também o primeiro a alcançar o feito desde a reabertura das salas.
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Entenda o multiverso
O novo longa do Homem-Aranha vai apresentar pela primeira vez nos cinemas o conceito de multiverso, a ideia de que existem uma série de realidades paralelas que possuem pontes entre elas e podem ser exploradas. A ferramenta funciona justamente para mostrar que podem haver histórias que ocorreram paralelamente aos filmes já lançados e, agora, elas podem ser adicionadas ao MCU.
A noção de multiverso foi criada pela DC Comics nos anos 1950, e chegou à Marvel anos depois. Em 1970, nos quadrinhos, o conceito foi formulado e, desde então, é usado nas histórias. No Universo Cinematográfico Marvel, o multiverso já foi apresentado no seriado Loki. Nos filmes, envolverá as várias linhas de tempo que foram abertas.
Novos olhares
Duas produções de diretores internacionais que fazem a estreia em longas-metragens despontam como opções à invasão de Homem-Aranha na telona: Azor e Nós duas. O primeiro, conduzido por Andreas Fontana, reúne profissionais de países diversos, como Suíça, França e Argentina, a fim de recontar parte da história da ditadura argentina. Neto de banqueiros, Andreas Fontana apostou, no roteiro, em afunilar o registro da participação de banqueiros privados, vindos do exterior, no aparato da ditadura. Em Azor, o personagem Yvan de Wiel, interpretado pelo belga Fabrizio Rongione, parte de Genebra, no rastro do desaparecimento de uma espécie de antecessor.
Outro estreante em filmes é o italiano Filippo Meneghetti, à frente do drama de enorme repercussão Nós duas. Junto com os filmes Druk e Minari, Nós duas teve as duas atrizes centrais indicadas para o César (o prêmio máximo da indústria francesa). Nós duas conta a história de um amor com futuro impedido. (Ricardo Dahaen)