LITERATURA

Lançamentos: três obras para leitores que querem viajar pela história da MPB

Livros recém-lançados transportam leitores pelo mundo de uma das manifestações artísticas mais difundidas do Brasil. Páginas incluem entrevistas e relatos de memórias musicais dos autores

Irlam Rocha Lima
postado em 02/12/2021 06:00
  Capa do livro Lá Vem os Violados -  (crédito:  Editora Cepe/Reprodução)
Capa do livro Lá Vem os Violados - (crédito: Editora Cepe/Reprodução)

A história da música popular brasileira tem sido contada em shows, peças, discos e filmes, mas, também, por livros. Três, que acabam de ser lançados, contribuem igualmente para levar aos leitores mais informações sobre cantores, compositores e instrumentistas, os protagonistas da mais difundida entre as manifestações artísticas do país. São eles, Lá vem os Violados — 50 anos da trajetória artística do Quinteto Violado; Aquarela brasileira — Entrevistas; e Passado presente — Toda música e simpatia na linha do tempo de Daniel Júnior.

Como parte das comemorações dos 50 anos do Quinteto Violado, a Cepe Editora lança a terceira edição do Lá vem os Violados, livro do jornalista José Teles. Em versão ampliada, narra a trajetória de um dos grupos de maior relevância da música nordestina, iniciada com a primeira apresentação em público num festival de verão, em 1971, no teatro de Nova Jerusalém, até os tempos atuais. O trabalho do grupo, reconhecido nacional e internacionalmente, é destacado sob diversos aspectos. Teles é autor, também, de Do frevo ao manguebeat e Da lama ao caos — Que som é este que vem de Pernambuco e das biografias de Luiz Gonzaga e Chico Science.

Em Aquarela brasileira, livro que saiu pela editora Diadorim, Juarez Fonseca reuniu 28 entrevistas que fez ao longo da década de 1970, com nomes icônicos da MPB, entre os quais Tom Jobim, Chico Buarque, Gilberto Gil, Caetano Veloso, Raul Seixas, Elis Regina e Rita Lee. Este é o primeiro volume das memórias musicais do jornalista gaúcho, registradas em obras que abrangem ainda os anos 1980, 1990 e 2000, a serem lançadas posteriormente. "Não foi fácil selecionar estas entrevistas entre outras tantas da mesma época, com gigantes da nossa música", observa Fonseca que, anteriormente, escreveu Ora bolas, sobre o poeta Mário Quintana.

Músico carioca, com mais de cinco décadas de carreira, Daniel Júnior é focalizado em Passado presente —Toda música e simpatia na linha do tempo de Daniel Júnior, biografia escrita por Adélia Verbo. Nas 179 páginas do livro, a autora conta a longa trajetória do contrabaixista, que iniciou a carreira tocando em gafieiras e boates do da Praça Mauá e da Zona Sul do Rio de Janeiro, acompanhando Lúcio Alves, Tito Madi, Miltinho, Dóris Monteiro, Lana Bitencourt e Elza Soares, entre outros.

Ao participar do Projeto Pixinguinha, em 1978, ao lado de Dona Ivone Lara e Roberto Ribeiro, esteve em Brasília, onde veio a se radicar no ano seguinte. "Aqui me apresentando em várias casas noturnas, principalmente no bar Otello, na 107 Norte, no qual estive à frente por mais de 10 anos, conquistei muitos amigos, que sempre me prestigiam", ressalta Daniel.

  •  2021. Crédito: Diadorim Editora/Reprodução. Cultura. Capa do livro 'Aquarela Brasileira', de Juarez Fonseca.
    Capa do livro Aquarela brasileira Diadorim Editora/Reprodução
  •  2021. Crédito: Malu Vabo/Reprodução. Cultura. Capa do livro 'Passado Presente - Toda música e simpatia na linha do tempo', de Daniel Júnior.
    Capa do livro Passado presente Malu Vabo/Reprodução
  •  2021. Crédito: Editora Cepe/Reprodução. Cultura. Capa do Livro Lá 'Vem os Violados', de José Teles.
    Capa do livro Lá Vem os Violados Editora Cepe/Reprodução

Notícias pelo celular

Receba direto no celular as notícias mais recentes publicadas pelo Correio Braziliense. É de graça. Clique aqui e participe da comunidade do Correio, uma das inovações lançadas pelo WhatsApp.


Dê a sua opinião

O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores. As mensagens devem ter, no máximo, 10 linhas e incluir nome, endereço e telefone para o e-mail sredat.df@dabr.com.br.

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação