A leitura muda vidas, essa é uma afirmativa inegável. A literatura transforma pensamentos, teletransporta para a imaginação, floresce o pensamento, abre os olhos para o mundo. Foi assim, e por isso, que Hosana da Paz Santos, 62 anos, se apaixonou pelo universo dos livros. Para incentivar que novos leitores criem asas, Hosana participou da live de apresentação do Prêmio Jabuti 2021.
Íntima dos livros, Hosana começou a jornada na literatura ao participar de projetos como Transvê Poesias e Roedores de Livros. “A leitura a gente faz para que possamos viver num mundo de paz”, disse a leitora durante a participação no prêmio. O convite para a maior honraria da literatura brasileira surgiu por meio de uma indicação feita pelo jornalista Tino Freitas, coordenador do projeto Roedores de Livros do Distrito Federal.
“Começou a ler apaixonadamente, virou autora e hoje espalha seus versos em concursos de escrita”, disse o apresentador Dan Stulbach para anunciar a poetisa na cerimônia. “Minha primeira leitura foi Alice no País das Maravilhas, a segunda foi Quarto de Despejo da autora Carolina Maria de Jesus. Para cada história, diferentes emoções”, contou Hosana.
Quando perguntada sobre os gêneros que mais se identifica, a escritora disse gostar de ler romance, crônica, poesia, autoajuda e ”por incrível que pareça, adoro ler livros infantis”, afirmou. “Aperfeiçoando na leitura, percebi que meu vocabulário melhorou. Falava muito errado, continuo falando. Ler é aprender cada vez mais. Leitura transforma vidas, ler é cultura”, reconheceu.
Semente
Em entrevista ao Correio, a maranhense lembrou quando a semente da leitura foi plantada no coração dela. “Só foi entrar numa sala de aula aos 13 anos”, disse. Filha de lavradores, os pais da poetisa não sabiam ler nem escrever e ela cresceu com o sonho de aprender. “Ler para mim era um sonho. A leitura transformou a minha vida, aprendi a falar corretamente e me comunicar melhor com as outras pessoas”, ressaltou.
Sobre a participação na cerimônia da 63ª edição do Prêmio Jabuti, Hosana se emocionou e garante que levará este dia para sempre na memória. “Me senti como se eu fosse uns dos ganhadores do prêmio. Emocionante ser convidada a fazer um depoimento de entrega do maior prêmio de literatura do Brasil. Gratificante”, revelou. “Fiquei feliz de poder contribuir de alguma forma com incentivo a leitura”, completou.