O delegado regional de Polícia Civil de Caratinga, Ivan Lopes Sales, disse que o inquérito policial que investiga as responsabilidades criminais acerca da queda do avião da empresa PEC Táxi Aéreo, no dia 5 de novembro, em Piedade de Caratinga, que resultou na morte da cantora Marília Mendonça e outras quatro pessoas, está sendo conduzido de forma criteriosa, com base em provas técnicas.
Segundo ele, é natural que a opinião pública e meios de comunicação estejam ansiosos em saber o resultado das investigações, e garante que a Polícia Civil vai concluir o inquérito no menor tempo possível, porém sem atropelar os trâmites essenciais para uma investigação eficiente.
Sem revelar detalhes, ele disse que na segunda-feira (8/11), ouviu o dono da empresa PEC Táxi Aéreo. E ouviu também testemunhas do acidente, pessoas que viram os últimos momentos da aeronave no céu, voando baixo, próximo ao local da queda.
Ivan Salles disse também que deliberou, junto com os oficiais do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (CENIPA), a liberação dos destroços da aeronave, que seguirão ainda nesta terça-feira (9/11) para o Rio de Janeiro, onde serão periciados no Aeroporto Internacional Tom Jobim, o Galeão.
Ficou acertado que caso os peritos da Polícia Civil de Minas Gerais tenham de realizar perícia na aeronave eles terão acesso ao hangar onde estarão os destroços.
Na segunda-feira, os peritos da Polícia Civil encontraram um cabo de energia elétrica preso às hélices do bimotor, mas ainda não foi comprovado se este cabo é o mesmo que foi rompido pelo avião na torre de transmissão da Cemig.
Os dois motores do avião, recolhidos na segunda-feira, na área do acidente, serão levados para Sorocaba, interior de São Paulo, onde serão periciados. Todos os laudos periciais serão anexados ao inquérito policial.
Nesta terça-feira (9/11), os trabalhos da Polícia Civil prosseguem com mais depoimentos de testemunhas do acidente aéreo.