Estreias

Ghostbusters: Mais além chega aos cinemas com uma nova geração de caça-fantasmas

Ghostbusters: Mais além dialoga com referências dos sucessos da década de 1980 e traz a energia e o encantamento de um novo grupo de caçadores de fantasmas

Ricardo Daehn
postado em 18/11/2021 06:00
 (crédito: Fotos: Columbia/Divulgação)
(crédito: Fotos: Columbia/Divulgação)

Cinco anos já se passaram desde o fiasco da última versão de Caça-Fantasmas, estrelada por um elenco predominantemente feminino e muito criticado por isso. Agora, com a chegada de Ghostbusters: Mais além, há muitas heranças de talento em jogo, dentro e fora da tela. Filho de Ivan Reitman — o cérebro para a franquia —, Jason assume a direção do longa que ele escreveu ao lado de Gil Kenan. 

Dessa vez, tudo começa com um experimento num milharal da pequena cidade de Summerville, que causa o desprendimento de gases tóxicos. Com o incidente, o cientista Egon abrirá caminho para a entrada em cena da filha dele, Callie (Carrie Coon) e dos seus netos Phoebe (Mckenna Grace) e Trevor (Finn Wolfhard).

Na pacata cidade do pai, Callie vê as condições ideais para criação dos filhos, mas é frustrada por dilemas financeiros. Contrariados com a mudança de casa, Phoebe  e Trevor têm um novo ânimo com a chegada do falante Podcast (Logan Kim). Juntos, eles passam a perceber eventos sobrenaturais e investigá-los. Uma maldição associada à mineradora desativada há décadas indica parte dos mistérios a serem desbaratados pela família Spengler.

O filme não peca pelo saudosismo, mesmo com diversas referências aos filmes oitentistas e, em particular, ao primeiro da franquia, de 1984. É possível ver o novo grupo de caça-fantasmas assumindo os dispositivos de raios, equipamentos de desintegração de matérias, as armadilhas que eram o temor dos ectoplasmas e, até mesmo, o icônico veículo que fez história no cinema ao transportar a primeira geração de combatente aos espectros do outro mundo. Equipamentos que, na trama, teriam sido desenvolvidos por cientistas dos anos 1980, mas que deixaram o meio acadêmico, por falta de crédito para investimentos na ciência, e empreenderam no ramo da caçada aos fantasmas.

A familiaridade do trio com toda a parafernália é explicada em visualizações do trabalho do predecessores no YouTube. Interessada em química e física, a pequena Phoebe (Mckenna Grace) faz a festa, comandando muito da ação no manejo de engenhocas de alta tecnologia. Na jornada que a aproxima do avô, identificado na cidade pelo nada carinhoso apelido de Planta-Lama, Phoebe ainda terá como mentor Gooberson (Paul Rudd), um amalucado professor que subverte a ordem da escola em que a menina estuda.

Seja no formato de inocentes marshmallows ou reveladas em horripilantes fenômenos, as aparições assustadoras que mobilizaram a equipe de cientistas interpretados por Bill Murray, Dan Aykroyd, Ernie Hudson e Harold Ramis (morto em 2014), retornam para garantir muito entretenimento e fazem a integração entre o passado e o presente do argumento do filme.

Um fator diferenciado no enredo, movido a armadilhas para fantasmas, está no fato de o filme ser produzido pelo pai do diretor, Ivan Reitman, que foi o diretor dos filmes originais, e assina a produção executiva. Além da nova empreitada, Jason Reitman é o responsável por sucessos como Obrigado por fumar e Amor sem escalas.

 

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  • Caça Fantasmas
    Caça Fantasmas Foto: Divulgação
  •  2021. Crédito: Columbia/Divulgação. Cultura. Cena do filme 'Ghostbusters: Mais Além'.
    2021. Crédito: Columbia/Divulgação. Cultura. Cena do filme 'Ghostbusters: Mais Além'. Foto: Universal/Divulgação
  •  2021. Crédito: Columbia/Divulgação. Cultura. Cena do filme 'Ghostbusters: Mais Além'.
    2021. Crédito: Columbia/Divulgação. Cultura. Cena do filme 'Ghostbusters: Mais Além'. Foto: Columbia/Divulgação

A perda da inocência

 (crédito:  Universal/Divulgação)
crédito: Universal/Divulgação

As maldades reservadas aos calouros, no processo de adaptação à Universidade das Artes de Londres são o mínimo a ser enfrentado pela jovem Eloise — Thomasin McKenzie —, na trama de Noite passada em Soho, conduzido por Edgar Wright. Adentrar no universo da moda, depois de sair da tranquila cidade Cornwall, colocará Eloise frente a frente com a realidade do assédio.

Com linhas temporais sobrepostas, o filme traz uma narrativa do tempo presente, mas, gradualmente, desloca-se para os anos de 1960, ambientado no palco da Swinging London, o movimento cultural que trouxe projeção pop para a Grã-Bretanha. Na famosa casa de entretenimento Rialto, Eloise trava contato com Sandie — Anya Taylor-Joy —, uma aspirante a cantora. O roteiro coescrito pelo diretor Wright e por Krystyn Wilson-Cairns — coautora do filme de guerra 1917 —, retrata os dilemas da estudante  que busca por visibilidade social. 

Engenhosamente, os roteiristas cercam Eloise de elementos extratemporais, como uma vitrola que parece viciada em discos antigos e toca sucessos como End of my world for me e I´ve got my mind set on you e transportará, virtualmente, a jovem para um mundo habitado por personagens,  que são interpretados por atores veteranos, como Terence Stamp — um tipo mulherengo — e Diana Rigg, em sua última e bela interpretação para cinema, como a dona de uma pensão muito parada.

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