Luto

Cemig confirma que avião de Marília Mendonça atingiu cabo de energia antes de cair

A cantora de 26 anos e mais quatro tripulantes morreram na queda da aeronave em Minas Gerais

Pedro Grigori
postado em 05/11/2021 20:38
 (crédito:  Crédito:WhatsAapp/Reprodução)
(crédito: Crédito:WhatsAapp/Reprodução)

A Companhia Energética de Minas Gerais S.A (Cemig) confirmou que antes de cair, o avião que transportava Marília Mendonça e mais quatro tripulantes atingiu um cabo de uma torre de distribuição da companhia no município de Caratinga.

O Corpo de Bombeiros de Minas Gerais confirmou, por volta das 17h50, a morte da cantora. Além de Marília, também estavam no avião o assessor e tio da cantora, Abicieli Silveira, o produtor Henrique Ribeiro, o piloto e o co-piloto. Todos morreram.

As investigações sobre as causas do acidente serão realizadas pelo Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticas (Cenipa), do Comando da Aeronáutica. Testemunhas afirmam que o avião teria colidido com fios de alta tensão ligados a uma torre próxima ao local da queda.

Para confirmar os fatores que levaram ao acidente, a FAB irá fazer uma perícia nos destroços do avião, ouvir testemunhas, e recuperar documentos, dados de inspeções técnicas, de manutenção do avião, além de ver a qualidade do combustível usado na operação.

A aeronave de matrícula PT-ONJ, modelo C90A, tinha como proprietário e operador a empresa Pec Taxi Aereo Ltda e possuía capacidade para transportar seis passageiros, além dos pilotos. De acordo com o Registro Aeronáutico Brasileiro (RAB), o avião estava com o Certificado de Verificação de Aeronavegabilidade (CVA) válido até 01/07/2022. A empresa tinha autorização para operar táxi-aéreo.

Em nota, a Aeronáutica informou que "investigadores do Terceiro Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (SERIPA 3), localizado no Rio de Janeiro (RJ), órgão regional do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (CENIPA)" foram deslocados para o local da tragédia para apurar o acidente.

"Na ação inicial, os investigadores identificam indícios, fotografam cenas, retiram partes da aeronave para análise, ouvem relatos de testemunhas, reúnem documentos, etc. Não existe um tempo previsto para essa atividade ocorrer, dependendo sempre da complexidade da ocorrência", afirmou a FAB.

"O objetivo das investigações realizadas pelo Cenipa é prevenir que novos acidentes com características semelhantes ocorram. A conclusão das investigações terá o menor prazo possível, dependendo sempre da complexidade de cada ocorrência e, ainda, da necessidade de descobrir os fatores contribuintes", disse a Aeronáutica.

 

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