Oportunidade

Em busca de representatividade, Cinema do futuro abre vagas em todo o país

O projeto tem apoio da ONU, que possibilitou a abertura de 250 novas vagas em relação à primeira edição  

 A segunda edição do Cinema do Futuro será realizada entre os meses de outubro e novembro, marcando 20 anos da 3ª Conferência Mundial contra Racismo, Discriminação Racial, Xenofobia e Intolerâncias Correlatas realizada em Durban, África do Sul. A iniciativa terá duração de 45 dias e será voltada para jovens negros, trans e mulheres de 13 a 20 anos espalhados por todo o território nacional. As inscrições têm início nesta quarta-feira (6/10) e seguem até sexta (8/10), no Instagram do idealizador do projeto, Fabrício Boliveira.O ator Fabrício Boliveira enxergou, juntamente com sua irmã mais nova, Yasmin Boliveira, uma lacuna dentro do cinema quando nos referimos a áreas mais pobres. A falta de representatividade com a população negra das periferias, com pessoas trans e em situação de vulnerabilidade social, fez com que o projeto surgisse.

“É preciso consolidar a participação dos artistas negros na indústria de forma efetiva e nos mais variados espaços. A representatividade que se diz hoje ainda é nos campo das ideias. O Cinema do Futuro quer construir caminhos, a partir das referências que temos, para que esses artistas possam crescer pessoal e profissionalmente”, afirma Fabrício.

O projeto realizará encontros com os jovens participantes e terá como convidados diversos profissionais que fazem parte da cadeia cinematográfica. Fazem parte  do projeto Glenda Nicácio, Everlane Moraes, Ana Flávia Cavalcanti, Diana Moreira, além de Eryck Rocha e irmãos Carvalho, discorrendo sobre temas desde direção, até atuação e figurino.