CRISE

Londres acionará Exército para garantir fornecimento de combustível

A escassez de caminhoneiros no país é a última consequência da falta de mão de obra causada pelo Brexit, que também é responsável por problemas de fornecimento nos supermercados, bares e restaurantes

O governo britânico acionará na próxima segunda-feira cerca de 200 soldados para garantir o fornecimento de combustível nos postos do país, afetados pela escassez do produto devido à falta de caminhoneiros, anunciaram nesta sexta-feira (1º/10) as autoridades.

"Serão enviados cerca de 200 militares, 100 deles caminhoneiros, a partir de segunda-feira, para oferecer um apoio temporário na ação do governo que pretende reduzir a pressão sobre as estações de serviço e dar uma resposta à falta de caminhoneiros", informou o Executivo em comunicado.

O governo também autorizará a entrada imediata de até 300 condutores de caminhão-cisterna estrangeiros para que trabalhem no Reino Unido até final de março de 2022.

Para isso, os trabalhadores receberão vistos temporários com o objetivo de reduzir a pressão sobre as cadeias de fornecimento causada pela falta de caminhoneiros.

Desde a semana passada, o Reino Unido sofre com longas filas nos postos de gasolina, provocadas pela escassez de combustível e o medo de que o problema piore.

Esta situação excepcional é a última consequência da falta de mão de obra causada pela pandemia e pelo Brexit, que também é responsável por problemas de fornecimento nos supermercados, bares e restaurantes do Reino Unido.

De acordo com o governo, "a demanda de combustível se estabilizou durante a semana", embora "em algumas partes do país seguem existindo dificuldades".

O governo insiste que não há problema de falta de combustível no Reino Unido e que a escassez nos postos deve-se exclusivamente à compra compulsiva por parte da população. Reconheceu, porém, que o Brexit é um fator "extra".

"Graças aos imensos esforços da indústria na última semana, observamos claros sinais de uma melhora lenta na situação dos postos de gasolina", declarou o ministro de Empresa, Kwasi Kwarteng.