A terceira edição do BSB Plano das Artes será uma espécie de retomada para o circuito de artes visuais em Brasília. Durante a pandemia, algumas galerias, assim como museus, abriram as portas para o público com exposições de acervo e individuais de novos artistas, mas o circuito proposto pelo evento quer levar o público para dentro dos ateliês dos artistas.
No total, 43 espaços foram selecionados para receber o circuito. São, além de ateliês de artistas, galerias e espaços híbridos espalhados por 14 regiões administrativas e em Goiás. Além das visitas, haverá uma programação de lives para apresentar os espaços. As visitas presenciais ocorrerão entre 28 e 31 de outubro e o público precisará marcar os horários pela plataforma Sympla. “É uma edição cheia de novidades, com rotas on-line, que estamos divulgando agora, e rotas que são os circuitos de visitação espontânea. Teremos um tempo maior do projeto, com essas rotas on-line que culminam com o processo dos quatro dias do circuito presencial. Isso estimula o público a se engajar no encontro presencial com a arte”, acredita Cinara Barbosa, curadora e idealizadora do Plano das Artes.
Durante a pesquisa para a seleção dos espaços, Cinara identificou novidades que acabaram incorporadas ao projeto e geraram novas categorias de ateliês. São, de certa forma, tendências na cena das artes plásticas do Distrito Federal. “A gente tem, nessa pesquisa, uma galeria virtual que é pré-pandêmica, a Guava”, avisa a curadora. Nessa edição, ela também propôs a categoria ateliê de canto, após perceber que muitos artistas trabalham em locais como corredores, quartos ou até mesmo um canto da casa.
“Ateliê de canto é qualquer canto da casa e até o processo mental do artista. Com isso, a gente acaba apresentando outro aspecto da criação do artista, que é o processo de pesquisa que não necessariamente é só material, mas que é pensamento também. Alguns artistas estão nesse processo de suspensão, pensando coisas e não necessariamente criando”, explica Cinara.
Outra categoria identificada pela curadora é o que chama de ateliê rural. “Temos ateliês mais afastados, com essa característica de estar de fato embrenhado na natureza, alguns são bem rústicos e estão em processo de ajuste para receber visitantes. É importante o público estar aberto para essas experiências”, avisa. Para ela, o Plano das Artes está se constituindo em uma ótima oportunidade para o público do Distrito Federal conhecer a própria cidade. “É outro legado que a gente quer deixar, o de ter consciência que, naquela região, existe um espaço de arte que você pode conhecer”, diz.
Confira as rotas propostas pelo Plano das Artes
Rotas Online
As Rotas On-line são percursos diários por galerias mediados por Cinara Barbosa. Durante as transmissões, feitas no canal do projeto no YouTube, o público terá a companhia de artistas, galeristas e gestores dos espaços. Cada rota leva o nome de uma cor e passa por, em média, três espaços.
Hoje, às 19h
Rota Azul
» Ateliê Valéria Pena-Costa + Projeto FUGA
» Pé Vermelho - Espaço
Contemporâneo
» Galeria GUAVA.
Amanhã, às 11h
» Rota Violeta
» Galeria Savta,
Fuzja Studio
» Casa Abya Yala
» Vilarejo 21
Rota Ocre, às 18h
» Ateliê Sanagê Cardoso
» XXX Arte Contemporânea
» Espaço Berço das Águas - Nação Cerratense Atelier de Arte Domingo, às 18h
Domingo, às 18h
» Rota Magenta
» Centro de Artes Visuarte - Studio Art MD’Azevedo
» Galeria Olaria Arte e Design
» Matéria Plástica Galeria de Arte
Rotas Presenciais
» As visitas presenciais ocorrerão entre 28 e 31 de outubro e devem ser agendadas pelo site www.sympla.com.br/planodasartes. São quatro rotas com destino Norte, Sul, Leste e Oeste.
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