Em 101 anos de vida, o judeu alemão Eddie Jaku conheceu impensáveis abandonos no caráter de civilidade, sem nunca depositar crenças em pequenas felicidades advindas de esperança e saúde. Aos 101 anos, ele morreu na Austrália, depois de quase um ano celebrado pela publicação do livro O homem mais feliz do mundo, no Brasil, traduzido e editado pela Intrínseca, no ano passado.
Sob comoção mundial, como um dos últimos sobreviventes célebres do Holocausto, Jaku foi saudado pelo primeiro-ministro australiano Scott Morrison pela capacidade ilimitada de amar. Foram necessários 82 anos para que Abraham Jakubowicz (o nome original de Jaku) digerisse, em caráter autobiográfico, as experiências transpostas nos piores momentos da vida, presentes em campos de extermínio nazista. Mortes em câmara de gás foram destinadas aos pais e o escritor foi um dos milhares encarcerados no campo de Auschwitz.
Resgatado por soldados aliados, com pouco mais de 30 quilos de peso, Jaku, depois de emigrar para a Austrália e reconstruir uma família, com direito a bisnetos, conseguiu reconstruir um campo de harmonia e felicidade. Num dos seus maiores feitos, reafirmou as crenças judaicas, em palestra TedxSydney.
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