Em cartaz nos cinemas, O silêncio da chuva é o novo longa-metragem assinado por Daniel Filho, um dos maiores cineastas brasileiros. Inspirado no romance policial premiado de Luiz Alfredo Garcia-Roza, o filme narra a saga do famoso delegado Espinosa e da investigadora Daia em busca de solucionar a misteriosa morte do executivo Ricardo.
Parceira de cena de Lázaro Ramos, a atriz Thalita Carauta é responsável por dar vida à Daia, personagem que, nos livros, era um homem. “Ela tem uma liberdade, um empoderamento da sexualidade que geralmente só se espera do homem. É ela que literalmente põe o pé na porta”, pontua Thalita em entrevista ao Correio.
Para a criação da personagem, o roteirista Lusa Silvestre contou com a ajuda de Renata Corrêa e Ana Maria Moretzsohn. “Nós fizemos reuniões para discutir essa questão da mulher, para que fosse verdadeiro, para que não fosse o menino careca de olho azul falando sobre um universo que, embora eu tenha proximidade, não é o meu”, explica Silvestre.
Apesar de se tratar de um suspense, o longa-metragem é recheado de cenas cômicas, na maioria das vezes protagonizadas por Daia. “Se existe a possibilidade de drama, se existe a possibilidade de humor, se existe a possibilidade de sentir raiva, medo, tudo isso faz parte, se a obra permite. Eu nunca tive medo de mesclar as coisas”, confessa Thalita Carauta. “É muito bom quando você encontra um filme em que você pode explorar as diversas facetas humanas emocionais”, complementa.
Do outro lado da moeda, a atriz Mayana Neiva protagonizou Rose, amante de Ricardo e uma das principais suspeitas do crime. “Esse personagem foi um dos mais intensos da minha vida, talvez o mais intenso que eu já fiz”, revela Mayana.
Além da intensidade da personagem, foi o roteiro que chamou a atenção da artista para o projeto. “Os filmes de detetive, filmes policiais e esse filme em específico têm, de alguma maneira, essa questão do suspense, em que nenhum personagem é o que parece. Isso é uma das coisas mais interessantes para mim”, diz Mayana. “Os personagens vão desafiando sua lógica o tempo inteiro”, complementa.
“Esse filme merece ser visto em uma experiência cinematográfica, merece a tela grande. Obviamente com máscara e álcool em gel, porque ainda estamos em uma pandemia”, relembra a atriz. “O cinema no Brasil é resistência, de onde quer que ele venha, ainda mais nesses tempos”, finaliza.
*Estagiária sob a supervisão de Severino Francisco.
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