Música

Marina Sena estreia com destaque na carreira solo com álbum 'De primeira'

Conhecida pelas bandas Rosa Neon e Outra Banda Lua, Marina Sena lança o disco De Primeira e avisa: "No solo eu me garanto"

“Quando eu estava nas outras bandas eu tinha impressão que estava só ensaiando, porque para mim eu ia bombar mesmo era solo”, conta Marina Sena sobre a forma como vê a nova fase da carreira cantando sozinha. É nesta confiança que a cantora, conhecida por ser vocalista das bandas Rosa Neon e Outra Banda Lua, decidiu lançar o De Primeira, álbum de estreia da carreira solo que ela sempre acreditou. “No solo eu me garanto”, brada ela

Marina Sena busca com a carreira solo e o novo disco uma consolidação na cena musical. A mineira, natural da cidade de Taiobeiras , tem 24 anos, mas já canta há quase 7 e chegou a concorrer em 2020 ao Prêmio Multishow de Artista revelação com a Rosa Neon, banda que encerrou as atividades em março de 2021, mas agora quer conquistar coisas com o próprio nome.

A artista afirma que sempre compôs músicas que acreditava que seriam para este momento da vida de artista em que assina sozinha as composições. “Músicas que eu quero cantar sozinha, não quero ter intervenção, não queria ceder a opinião de ninguém”, diz a cantora. “Falo mais de amor, amor mais íntimo, mais verdadeiramente de coisas que eu vivo, relações amorosas também”, completa.

A cantora conta que tem pelo menos 60 músicas compostas e “todas muito boas”. Foi desse montante que ela foi escolhendo a cara que o álbum teria, não necessariamente selecionando as melhores, mas sim as que ela achava que faziam mais sentido para o disco. “Eu selecionei para o primeiro disco as músicas que eu achava que iriam falar quem eu sou , pelo menos uma ideia da compositora que sou, de como é o meu jeito de falar, de fazer música e de cantar”, lembra Marina.

O principal ponto que a artista acredita é que as canções dela tem que fazer o público dançar. “Não existe isso de música que não dá para dançar. A música pode ser triste, mas tem que ter um balanço”, avalia Sena. Deste raciocínio, foi formado um disco de 10 faixas e 34 minutos. Todo esse balanço que ela colocou nas músicas fez sucesso logo “de primeira”, com os dois singles iniciais, Me toca e Voltei para mim, somando mais de 3 milhões de reproduções no Spotify e o álbum inteiro passando de 1,5 milhão de reproduções na mesma plataforma apenas uma semana após o lançamento.

Contudo para Marina isso não é uma surpresa. Segundo a cantora, ela e o produtor Iuri Rio Branco, já tinham uma noção de que seria um sucesso. “Todas as vezes que a gente escutava as músicas do disco a primeira vez, virava uma coisa que a gente não parava de ouvir, a gente ficava viciado, emocionado, todo mundo que a gente mostrava tinha a mesma reação”, rememora a compositora que mesmo assim ficou mexida com toda repercussão que o disco teve nos primeiros dias após o lançamento. “Eu esperava que eu ia bombar, mas na hora que acontece você fica chocada e pensa: ‘é verdade, bombei mesmo, não contei mentiras graças a deus’”, brinca a artista.

Essa confiança toda pode ser confundida com arrogância, mas não é. Para Sena, é fruto de um perfeccionismo dela mesma. “Eu confio muito em mim porque eu sou muito crítica comigo mesma, perfeccionista até onde dá, mas se não der também, vai do jeito que está”, analisa Marina. “Eu faço arte, eu gosto de fazer arte, é o meu trabalho mesmo.Eu tenho o compromisso de entregar sempre o melhor, porque não é um compromisso comigo só, é um compromisso com a arte”, afirma acreditar a cantora.

A cantora agora quer apresentar as músicas que estão fazendo tanto sucesso em palcos pelo Brasil quando for possível. “Eu quero fazer muito show, porque na realidade eu sou cantora de show. Meu rolê é fazer show, eu sou roqueira, gosto de barulho. É isso que alimenta meu espírito”, pontua a artista que não abre mão que o sucesso se reverta em outras formas de reconhecimento. “Eu quero ganhar prêmios também. Se eu não ganhar prêmios eu vou achar que é boicote”, fala em tom de brincadeira.

No final das contas, o que Marina está vivendo é o que sempre quis e se preparou. “Eu ralei muito para chegar até aqui”, relembra. “Quando me perguntam: ‘Quando este disco começou a ser produzido?’ eu gosto de responder que foi quando eu nasci”, expõe. Para ela cada música que balbuciou em casa, cada vez que assistiu a própria tia cantar na igreja, ou que acompanhou as lavadeiras cantarem enquanto trabalhavam foi um pouco responsável por pavimentar o caminho que a trouxe até o presente momento em que tem canções com mais de milhão de reproduções.

Por toda esta trajetória, Marina Sena quer aproveitar o momento até quando puder. “Eu pensava que era só um sonho, porque até então as coisas estavam na dimensão do sonho, mas agora é real”, comemora a compositora.

De primeira, álbum de estreia de Marina Sena