Secretaria e Cultura e Economia Criativa (Secec) recebeu o inventário de O Fuá do Seu Estrelo. O objetivo é registrá-lo como patrimônio imaterial do DF. Numa iniciativa própria, o grupo reuniu sete pesquisadores e catalogou toda a história num dossiê de 200 páginas, com fotos, documentos, análises e depoimentos. O documento é o passo fundamental para que a expressão popular possa ser registrada no Livro de Registro de Formas de Expressão e no Livro de Registro das Celebrações.
A expectativa do grupo Seu Estrelo e Fuá do Terreiro é de que o registro de patrimônio imaterial do DF associe as tradições e brincadeiras do grupo com o território de criação, localizado na 813 Sul, uma área que, a princípio, era destinada para à Embaixada do Gabão.
O inventário segue um fluxo dentro da Secec para análise e avaliação. Caso o Conselho de Defesa do Patrimônio Cultural (Condepac) valide o pedido, o bem imaterial em questão já fica protegido durante a pesquisa necessária para o registro. A pesquisa é feita por profissional especializado, geralmente, um historiador, ou outro profissional com conhecimento específico para o tema.
Fuá de Terreiro
Seu Estrelo e Fuá do Terreiro atua no cenário cultural da cidade desde 2004, quando surgia em meio a uma roda de batuque, num samba pisado no chão de terra batida da 813 Sul. No comando, estavam as figuras de Seu Estrelo e a mãe dele, dona Laiá, que davam rumo à brincadeira. Apesar da influência pernambucana, o grupo é considerado uma manifestação cultural legítima do cerrado. A brincadeira, hoje, é estudada por alunos do DF, já que virou requisito do Programa de Avaliação Seriada (PAS), da Universidade de Brasília (UnB).