O Itaú Cultural recebe, a partir desta quarta-feira (11/8), a maior exposição do artista e fotógrafo Geraldo de Barros já montada após sua morte, em 1998. Geraldo de Barros – imaginário, construção e memória tem curadoria de Lorenzo Mammi e Michel Favre e está distribuída pelos três andares que abrigam a instituição na Avenida Paulista, em São Paulo.
São mais de 400 itens distribuídos entre fotografias, suporte pelo qual Barros era mais conhecido, até móveis e documentos do arquivo da família. A exposição percorre a obra do artista entre as décadas de 1940 e 1990. Geraldo de Barros fez parte do grupo concretista, foi criador dos coletivos Ruptura e Grupo Rex e foi nome fundamental da fotografia ancorada na abstração geométrica, além de um dos destaques do Foto Clube Bandeirantes, epicentro da fotografia moderna brasileira.
A exposição em cartaz no Itaú Cultural revisita todas as fases da produção do artista e não há recortes específicos. Lorenzo Mammi explica, em material de divulgação, que a intenção foi mostrar que todas as fases de Barros têm vida própria e se articulam com coerência entre gravuras, fotografias, pinturas concretistas e pop, mobiliário e arte gráfica. Uma linha temporal ajuda o visitante a se situar na produção e um material de arquivo pessoal possibilita uma ponte entre o processo criativo no ateliê e a própria vida de Barros.
Entre as obras há quadros que, segundo os curadores, foram pouco vistos, como Arizona, uma pintura de arte pop de grande dimensão feita em esmalte sobre offset e Minister II, colagem produzida nos anos 1970.