Ao lado dos artistas PK e Kawe, o produtor musical WC no Beat lançou, nesta quinta-feira (26/8), Uni duni tê, nova faixa do ritmo trapfunk. Acompanhando o single, os músicos tornaram-se os protagonistas de um videoclipe recheado de referências da cultura pop, inspirados por produções audiovisuais como Elite e High school musical.
A música marca mais uma parceria entre WC no Beat e PK, que se conheceram antes mesmo da fama. “Eu já tenho uma amizade com o PK antes de eu ser o WC no Beat e ele ser o PK, a gente se conhece há muitos anos”, conta WC, em entrevista ao Correio.
“Eu conheço o estilo musical dele, o que ele canta, que palavras ele usa, já entendo bem o ritmo e o mundo que ele vive dentro da música dele”, pontua. Por outro lado, a amizade com Kawe, que completa o trio de colaboradores, começou recentemente, durante a pandemia. “Eu falei que queria fazer uma música com ele e, assim que surgiu essa oportunidade, ele veio para o estúdio”, relembra o músico.
Segundo WC, quando os três artistas se encontraram para a gravação, Uni duni tê foi criada de forma “totalmente natural”. “Tinha um projeto no meu computador que eu nem tinha terminado, nunca nem tinha olhado, que era o projeto do Uni duni tê”, afirma.
“Aí quando a gente tocou um pouquinho da base, a gente falou ‘Tem futuro, hein?’, sendo que não tinha nada pronto, a gente estava criando a música do zero. Quando eu mostrei a base, a galera já tirou a caneta e começou a escrever”, complementa WC.
Mesmo sendo artistas de estilos musicais diferentes, WC no Beat foi capaz de assimilar e unir as sonoridades de PK e Kawe. “O PK e o Kawe trabalham com estilos musicais diferentes, um faz rap e o outro faz música pop e funk, mas, ao mesmo tempo, eles falam a mesma língua, que é uma coisa que eu observo muito. Se você parar para perceber, o PK e o Kawe têm o mesmo estilo de falar, o mesmo estilo de vocabulário. Eles escrevem de uma forma jovem”, explica.
Apesar do tempo em casa ter rendido à WC novas amizades e colaborações, a pandemia impediu a realização de um dos principais projetos do artista em 2020: se apresentar no Lollapalooza Brasil.
“Eu estava trazendo um espetáculo, eu estava trazendo o PK, Kevin O Chris, Filipe Ret, Ludmilla, Felp 22 e Haikaiss, pessoas que já colaboraram comigo, para cantar essas colaborações e as próprias músicas dentro do meu show”, revela o cantor.
Porém, mesmo após alguns adiamentos, WC promete que o show ainda ocorrerá na próxima edição do festival. “Pode sofrer algumas mudanças, mas eu estou confirmado”, assegura. O evento, que ainda não teve a line-up de artistas divulgada, será realizado nos dias 25, 26 e 27 de março de 2022.
Permitindo que o trapfunk alcance cada vez mais públicos, WC no Beat confessa que ainda é cedo para definir que papel desempenha na história do estilo musical. “Eu ainda tenho muito a fazer. Não posso dizer ainda qual é meu papel dentro do trapfunk, porque ele nasceu em 2018, ainda tem muito o que trabalhar para, lá na frente, eu saber qual foi meu papel dentro do cenário da música”, reflete.
“Meu objetivo é, daqui 15, 20 anos, manter o estilo do trapfunk vivo, eu acho que esse é o papel que eu ainda vou conquistar. A longevidade do trapfunk”, finaliza.
*Sob supervisão de Nahima Maciel
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