Destaque da geração da MPB que surgiu no final da década de 1990, Vanessa da Mata é uma artista de múltiplas facetas. Cantora e compositora, há algum tempo é responsável, também, pela direção dos seus shows, como o Quando deixamos nossos beijos na esquina, inspirado no álbum homônimo, lançado há dois anos. O espetáculo está previsto para esta sexta-feira (13/8), às 21h, na área externa do Ginásio Nilson (Eixo Monumental), em local totalmente aberto, como parte da programação do projeto Complexo Gastronômico Vibrar.
Quando deixamos nossos beijos na esquina
Show de Vanessa da Mata e banda nesta sexta (13/8), às 21h, na área externa do Ginásio Nilson Nelson (Eixo Monumental). Ingressos entre R$ 50 (bosque) e R$ 280 (quadradinho vip). As reservas podem ser feitas por meio do aplicativo Sympla — site.boleto.sympla.com.br/vinrarbsb.
» Entrevista / Vanessa da Mata
Como você conviveu com a ausência dos palcos, por conta da pandemia?
A distância do público realmente foi muito difícil. Sou compositora, componho para outras pessoas cantarem também. Nesse caso, a música ficou muito dentro de casa, comigo, nos meus momentos de reflexão e de composição. O que me salvou, na verdade, foi que eu expandi minha criatividade, enquanto estava em Mato Grosso.
Além disso, se ocupou com outras atividades durante a interminável quarentena?
Eu ainda me ocupo, porque a quarentena ainda não terminou. Estamos voltando muito aos poucos, na verdade. Enquanto isso, eu fico pintando, escrevendo, cuidando dos filhos e tomando decisões dos próximos passos do meu trabalho.
Como se sente ao voltar a Brasília, cidade onde sempre recebeu ótima acolhida?
Eu me lembro de Brasília me acolhendo desde o meu primeiro show do primeiro disco. Acho que é bem simbólico voltar aos poucos, sendo por Brasília e em um parque que eu amo, onde já estive cantando Tom Jobim. Vai ser uma alegria muito grande.
Qual é a sua visão dos tempos de agora, marcados por tanta intolerância?
Nesse disco (Quando deixamos nossos beijos na esquina) tem música sobre isso. A necessidade de as pessoas colocarem um padrão estabelecido para que elas se sintam mais seguras. E não existe isso, as pessoas são diferentes e é cada vez mais necessário a gente exercitar a tolerância, sororidade, empatia, etc. Eu fico um pouco embasbacada em ver tanta gente com pensamento extremamente bitolado. Eu acho que isso significa falta de leitura, falta de cultura, falta de expansão de uma inteligência. Eu ligo intolerância com burrice mesmo, com arrogância e incapacidade. Quando essas coisas todas se juntam, a coisa fica muito perigosa.
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